segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Missa da Responsabilidade do Setor Castanhal

“Uma responsabilidade espiritual só pode ser recebida do Senhor e ninguém pode apropriar-se dela. Isto quer dizer que é preciso manter-se em união com Aquele que nos confiou essa responsabilidade.” Pe. Tandonnet– (Guia das ENS, p. 40)

Aos casais que exer­cem responsabilidade na equipe de base ou nos quadros do Movimento é solicitado participar de uma missa extra, semanal, na intenção da sua equipe (setor, região etc.). A prática da missa-extra, a vivência dos PCE e o tema de estudo estimulam a valorização da Eucaristia diá­ria como fonte de santidade e de comunhão eclesial.
Essa vivência transforma o sentido que damos à nossa vida, modifica a maneira de viver as nossas relações e também a compreensão do nosso papel de casal na Igreja e no mundo. Fica muito claro o sentido que Pe. Tandonnet onde queria dar à responsabilidade no Movimento.

O Setor Castanhal comunica a todos os Equipistas que toda segunda-feira a equipe 04 - Nossa Senhora do Carmo participa da Santa Missa de Responsabilidade do Setor. Aos casais que exercem responsabilidade ou que já passaram por alguma responsabilidade no Setor, sintam-se convidados a participar desta Eucaristia que nos faz Igreja comunidade de amor.  

Local Cripta da Catedral Santa Maria Mãe de Deus 
Horário: 18:30 e em seguida Adoração.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

7 meios práticos para formar o hábito da presença de Deus

Não conseguimos ver e tocar Jesus como se fosse uma pessoa qualquer, mas há formas concretas de passar o dia ao lado dele, confira
pildorasdefe.net - 10 de Novembro de 2015 - Foto: © DR


O hábito da presença de Deus é um dos mais importantes na vida espiritual. Por isso, apresentaremos alguns meios práticos par viver na presença do Senhor ao longo do dia.

1. Creia e imagine que Jesus está ao seu lado
Não conseguimos ver nem tocar Jesus como se fosse qualquer pessoa, mas pela fé sabemos que Cristo Ressuscitado está vivo e nos acompanha no caminho da vida. Como o cego que sente a presença dos outros perto dele, pela fé, sinto e tenho certeza da presença de Deus junto a mim. Posso levar Jesus comigo a qualquer lugar, conversar com Ele, pedir-lhe luz e força, curtir sua companhia.

2. Tenha um olhar de fé
Com os olhos da fé, tudo é transparência de Deus: coisas, acontecimentos, pessoas. Deus se deixa encontrar na criação inteira, porque lhe dá existência e a conserva. E cada criatura mostra traços do seu Criador. Com esta atitude de buscar viver com um olhar de fé, é mais fácil descobrir Deus por trás de cada circunstância, de cada pessoa.

3. Faça um exame diário repleto de gratidão
Deus, com sua providência, está sempre presente na história e na sua história pessoal, a de cada dia. Que isso não passe despercebido por você. Fazer um exame de consciência ao final do dia permite repassar os acontecimentos do dia e buscar ver como Deus se fez presente e agiu ao longo da jornada.

4. Faça jaculatórias
As jaculatórias ajudam a manter-nos na presença de Deus. São orações breves, em forma de frases simples, que dirigimos a Deus em meio às atividades cotidianas, colocando nelas toda a força da nossa fé e todo o carinho do nosso coração ao pronunciá-las. Alguns exemplos: “Senhor, tu sabes tudo, sabes que te amo”, “O Senhor é meu pastor, nada me faltará”, “Estou em tuas mãos, faça-se a tua vontade”, “Maria, sou todo teu”, “Espírito Santo, ilumina-me”, “Sagrado Coração de Jesus, confio em ti” etc.

5. Faça visitas eucarísticas e comunhões espirituais
Se estamos falando da presença de Deus, existe presença melhor que a da Eucaristia? Se você tem uma igreja perto da sua casa, do seu trabalho, da sua faculdade, aproveite e visite Jesus, ainda que seja por alguns minutos, todos os dias. É como passar na casa de um amigo para cumprimentar, ao estar perto da casa dele.

6. Reze ao realizar suas atividades cotidianas
Para renovar a presença de Deus, é muito útil rezar antes das suas atividades habituais: abençoar os alimentos antes das refeições, pedir proteção ao sair de casa, fazer o sinal da cruz antes de começar a trabalhar, beijar uma Bíblia, um crucifixo ou uma imagem de Nossa Senhora etc.

7. Acenda uma vela ou carregue um crucifixo com você
A chama de uma vela pode ser uma lembrança da presença de Jesus Ressuscitado (como o círio pascal) e da sua presença no seu coração. Escolha um lugar especial para deixar essa vela, um lugar pelo qual você passe constantemente. E invoque a presença de Deus cada vez que passar por ela.
O salmo 138 nos recorda a amorosa presença de Deus em nossa vida. Que tal começar esta vivência orando este salmo?

Senhor, vós me perscrutais e me conheceis, sabeis tudo de mim, quando me sento ou me levanto. De longe penetrais meus pensamentos. Quando ando e quando repouso, vós me vedes, observais todos os meus passos. A palavra ainda me não chegou à língua, e já, Senhor, a conheceis toda. Vós me cercais por trás e pela frente, e estendeis sobre mim a vossa mão. Conhecimento assim maravilhoso me ultrapassa, ele é tão sublime que não posso atingi-lo. Para onde irei, longe de vosso Espírito? Para onde fugir, apartado de vosso olhar? Se subir até os céus, ali estareis; se descer à região dos mortos, lá vos encontrareis também. Se tomar as asas da aurora, se me fixar nos confins do mar, é ainda vossa mão que lá me levará, e vossa destra que me sustentará. Se eu dissesse: Pelo menos as trevas me ocultarão, e a noite, como se fora luz, me há de envolver. As próprias trevas não são escuras para vós, a noite vos é transparente como o dia e a escuridão, clara como a luz. Fostes vós que plasmastes as entranhas de meu corpo, vós me tecestes no seio de minha mãe. Sede bendito por me haverdes feito de modo tão maravilhoso. Pelas vossas obras tão extraordinárias, conheceis até o fundo a minha alma. Nada de minha substância vos é oculto, quando fui formado ocultamente, quando fui tecido nas entranhas subterrâneas. Cada uma de minhas ações vossos olhos viram, e todas elas foram escritas em vosso livro; cada dia de minha vida foi prefixado, desde antes que um só deles existisse. Ó Deus, como são insondáveis para mim vossos desígnios! E quão imenso é o número deles! Como contá-los? São mais numerosos que a areia do mar; se pudesse chegar ao fim, seria ainda com vossa ajuda. Oxalá extermineis os ímpios, ó Deus, e que se apartem de mim os sanguinários! Eles se revoltam insidiosamente contra vós, perfidamente se insurgem vossos inimigos. Pois não hei de odiar, Senhor, aos que vos odeiam? Aos que se levantam contra vós, não hei de abominá-los? Eu os odeio com ódio mortal, eu os tenho em conta de meus próprios inimigos. Perscrutai-me, Senhor, para conhecer meu coração; provai-me e conhecei meus pensamentos.Vede se ando na senda do mal, e conduzi-me pelo caminho da eternidade.

Retirado original de: http://pt.aleteia.org/2015/11/10/7-meios-praticos-para-formar-o-habito-da-presenca-de-deus/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=topnews_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt-Nov%2010,%202015%2003:16%20am

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A mais perfeita das orações

Tudo na doutrina católica apresenta fulgores inéditos, sempre que a consideramos com a devida atenção. Como não poderia deixar de ser, isso se observa de maneira evidente no Pai-Nosso.
(Pe. Leandro Cesar Ribeiro, EP)

Percorria Jesus a Galileia, pregando o Evangelho do Reino e curando todas as doenças. Grandes multidões acorriam a Ele, pois logo se espalhara sua fama pelos países circunvizinhos. Certo dia, Ele subiu a uma montanha e pôs-Se a ensinar: Bem-aventurados os que têm um coração de pobre... Amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam... Sede perfeitosNosso Senhor.jpg, assim como vosso Pai celeste é perfeito... (cf. Mt 4, 23-25; 5, 1-48).
Mais do que a multidão que Cristo tinha diante de Si por certo, seu divino olhar considerava naquele momento também todas as almas fiéis que ao longo dos milênios prestariam ouvidos atentos às suas palavras.
Portanto, tinha Ele em vista cada um de nós quando nos ensinou a mais perfeita das orações: "Eis como deveis rezar: Pai nosso, que estais no Céu..." (Mt 6, 9). Tão consolador apelativo - Pai nosso! - só podia brotar dos lábios do Filho Unigênito de Deus. Assumindo nossa carne, Ele nos revelou que temos um Pai nos Céus.

"Resumo de todo o Evangelho"

A Oração Dominical - ou Oração do Senhor - serviu de guia ­para a piedade dos cristãos de todos os tempos. A respeito dela, fizeram entusiásticos comentários diversos Padres e Doutores da Igreja. Tertuliano a qualifica de "resumo de todo oEvangelho".1 Para São Cipriano, ela é um compêndio da doutrina celeste. Na mesma linha, assegura Santo Agostinho: "Se percorrerdes todas as palavras das orações das Sagradas Escrituras, nada encontrareis que não esteja contido na Oração Dominical".3 E o Doutor Angélico escreve: "Na Oração Dominical, não somente se pede tudo aquilo que podemos desejar retamente, como também na ordem em que devemos desejar; de tal forma que essa oração nos ensina não só a pedir, como também é normativa dos nossos sentimentos".
Com efeito, no Pai-Nosso, as petições se desdobram como as sete cores do arco-íris da Nova Aliança; são um caminho luminoso que nos conduz aos tesouros da misericórdia divina. As três primeiras súplicas põem em exercício as virtudes teologais (fé, esperança e caridade), porque se ordenam diretamente a Deus: o "vosso nome", o "vosso Reino" e a "vossa vontade"; as quatro seguintes imploram, no seu conjunto, proteção e auxílio no exercício das virtudes cardeais (justiça, temperança, fortaleza e prudência) e constituem apelos de filhos ao Pai: "dai-nos", "perdoai-nos", "não nos deixeis cair" e "livrai-nos".

Sete pedidos, apresentados na perfeita ordem
Inicia-se a Oração Dominical com a reconfortadora invocação: "Pai nosso, que estais no Céu". Seguem-se os sete pedidos, na ordem em que devem ser feitos, conforme a observação de São Tomás:
Santificado seja o vosso nome: Imploramos aqui o primordial, ou seja, a glória de Deus. Portanto, esta petição inclui todas as outras.5 Ensina-nos Tertuliano: "Quando dizemos ‘santificado seja o vosso nome', pedimos que ele seja santificado em nós que estamos nele, mas também nos outros que a graça de Deus ainda aguarda, a fim de conformar-nos ao preceito que nos obriga a rezar por todos, mesmo por nossos inimigos".
Venha a nós o vosso Reino: Este pedido visa a nossa participação na glória de Deus e, para isso, impulsionados pela esperança, imploramos a "vinda final do Reinado de Deus mediante o retorno de Cristo",7 a fim de que Ele reine definitivamente em todos os corações.
Seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu: Para os homens merecerem entrar na glória celestial, pedimos que todos observem os Mandamentos da Lei divina. "Pela oração é que podemos ‘discernir qual é a vontade de Deus' e obter ‘a perseverança para cumpri-la'. Jesus nos ensina que entramos no Reino dos Céus não por palavras, mas ‘praticando a vontade de meu Pai que está nos Céus' (Mt 7, 21)".
O pão nosso de cada dia nos dai hoje: Nesta súplica não visamos somente nosso sustento material. "Este pedido e a responsabilidade que ele implica valem também para outra fome da qual os homens padecem [...]. Há uma fome na Terra, ‘não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir a Palavra de Deus' (Am 8, 11). Por isso, o sentido especificamente cristão deste quarto pedido refere-se ao Pão de Vida: a Palavra de Deus a ser acolhida na fé, o Corpo de Cristo recebido na Eucaristia".
Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos têm ofendido: Imploramos perdão por todos os nossos pecados, nos quais trocamos a amizade de Deus pelo amor desregrado a alguma criatura. E como penhor para sermos atendidos, oferecemos-Lhe o sacrifício de perdoar "aos que nos têm ofendido". Nossa petição não será atendida sem o cumprimento desta exigência.10 A isto nos incita também o Apóstolo: "Perdoai-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou, em Cristo" (Ef 4, 32).
Não nos deixeis cair em tentação: Depois de ter implorado com humildade o perdão de nossos pecados, suplicamos a Deus vigilância, fortaleza e, sobretudo, o auxílio da graça para doravante não tornar a ofendê-Lo.
Mas livrai-nos do mal: Nesta última súplica da Oração do Senhor, o "mal" não é uma abstração, mas designa uma criatura, satanás, "o anjo que se opõe pessoalmente a Deus e ao seu plano de salvação". Nela, pedimos "para sermos livres de todos os males, presentes, passados e futuros, dos quais ele é autor ou instigador".
*  *  *  *  *
Quem conforma sua vida aos princípios contidos no Pai-Nosso, este é um perfeito cristão. Não passemos um dia sequer sem recitá-lo! Ele nos acompanha desde o início de nossa caminhada rumo à salvação, pois nossos pais e padrinhos o rezaram na cerimônia de nosso Batismo. E será rezado pelo sacerdote junto ao sepulcro, ao ser depositado nosso corpo em sua última morada, à espera da ressurreição. (Revista Arautos do Evangelho, Outubro/2015, n. 166, pp. 18-19)
Pe. Leandro Cesar Ribeiro, EP - 2015/11/05
Retirado de: http://www.arautos.org/artigo/74468/a-mais-perfeita-das-oracoes.html 

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Papa Francisco lança o 12ª Documento Social da Igreja

“O urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar”

 


Com data de 24 de maio, Solenidade de Pentecostes, acaba de ser lançada mundialmente neste dia 18 de junho a nova Encíclica do Papa Francisco Laudato si’, sobre o cuidado de nossa casa comum. O título é uma referência ao poema “Cântico das criaturas”, atribuído a São Francisco (1224) e citado no antigo dialeto da Úmbria, região onde fica a cidade de Assis.
O próprio papa Francisco afirma que trata-se de um documento que integra a Doutrina Social da Igreja, iniciada em 1891 com a publicação da Rerum novarum pelo Para Leão XIII, preocupado com a precária situação dos operários na emergente industrialização. O mundo daquela época se polarizava entre o socialismo e o capitalismo. A Igreja procurava dizer uma palavra com relevância social. Quarenta anos, em 1931, depois o Papa Pio XI lançou a Quadragesimo anno, que dizia uma palavra sobre a economia a um mundo que se afundava em profunda crise financeira desde a queda da Bolsa de Nova Iorque, em 1929. A terceira Encíclica Social viria somente em 1961, com João XXIII: Mater et Magistra. Dois anos depois o mesmo papa lança a Pacem in Terris, diante da crise mundial provocada pela instalação de mísseis soviéticos em Cuba. O mundo vivia uma intensa guerra fria. Neste contexto, inicia o Concílio do Vaticano II que teve em seu repertório um documento social: Gaudium et Spes, publicado há 50 anos, em 1965. Em 1967 o Papa Paulo VI desdobra os ensinamentos sociais do concílio propondo um modelo “integral” de desenvolvimento, na Populorum Progressio. Em 1971, o mesmo papa celebra os oitenta anos da primeira encíclica social com a Octogesima Adveniens. Chegava o pontificado de João Paulo II que publicou três importantes encíclicas sociais: Laborem Exercens (1981), sobre a dignidade do trabalho; a Sollicitudo Rei Socialis (1987) que precedeu a queda do muro de Berlim, em 1989; e a Centesimus Annus (1991) que celebra o 100 anos de Doutrina Social da Igreja. A partir daí se fez um grande esforço para sistematizar esta doutrina em temas. O resultado foi a publicação, em 2004 do Compêndio da Doutrina Social da Igreja. Em 2009 o Papa Bento XVI publicou uma Magistral encíclica social: Caritas in Veritate. Agora recebemos com alegria o 12º documento social da Igreja Católica que trata do cuidado ecológico: Laudato si’. É a primeira que não tem o título em latim.
Com seis capítulos a Encíclica de Francisco é bastante simples, direta e didática. Logo no início o número 13 indica o apelo ecológico do papa: “O urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar.” Logo em seguida o número 16 resume de maneira lapidar as ideias centrais que atravessam todo o texto: “a relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta, a convicção de que tudo está estreitamente interligado no mundo, a crítica do novo paradigma e das formas de poder que derivam da tecnologia, o convite a procurar outras maneiras de entender a economia e o progresso, o valor próprio de cada criatura, o sentido humano da ecologia, a necessidade de debates sinceros e honestos, a grave responsabilidade da política internacional e local, a cultura do descarte e a proposta dum novo estilo de vida.”
O capítulo 1 faz um amplo diagnóstico da crise ambiental em que nosso planeta está afundado. Mas não se fala somente da preservação das matas, florestas e animais. Após fazer uma leitura ecológica da Palavra de Deus, no capítulo 2 e procurar a “raíz da crise ecológica”, no capítulo 3, fundamentado em bons autores, o papa propõe um modelo de ecologia ambiental, econômica e social que recupere os valores humanos necessários para criar um ambiente sustentável. A isso o para chama “ecologia integral”. Dedica a isso todo o capítulo 4. O capítulo 5 apresenta linhas concretas de ação internacional e local pautadas no diálogo. Mas a encíclica de Francisco não termina com este itinerário típico do método ver-julgar-agir. Há mais o que dizer. Para viabilizar o cuidado da casa comum é preciso uma “educação e espiritualidade ecológicas”. É sobre isso que trata o capítulo 6. Aqui o papa propõe a conversão para um novo estilo de vida, mais simples e sóbrio e a superação do modelo consumista e da cultura do descartável. Maria e José são apresentados como modelos deste estilo ecológico de vida. Maria, “Rainha da Criação” é apresentada como a porção já glorificada, junto com seu Filho, da nossa terra. José é visto como exemplo de equilíbrio entre a ternura e o vigor necessário para se praticar a cura e a defesa da vida.
A encíclica social de Francisco termina recordando que enquanto buscamos o céu, cuidamos da terra. Ele afirma nas últimas linhas: “Caminhemos cantando; que as nossas lutas e a nossa preocupação por este planeta não nos tirem a alegria da esperança”. Atrevidamente imaginei o que o papa recordou cantarolando, mas não escreveu: “Vem, vamos embora, que esperar não é saber; quem sabe faz a hora, não espera acontecer”!

As últimas palavras da Laudato si’ são uma prece. Oremos:

Oração pela nossa terra
Deus Onipotente,
que estais presente em todo o universo e na mais pequenina das vossas criaturas,
Vós que envolveis com a vossa ternura tudo o que existe,
derramai em nós a força do vosso amor
para cuidarmos da vida e da beleza.
Inundai-nos de paz, para que vivamos como irmãos e irmãs sem prejudicar ninguém.
Ó Deus dos pobres, ajudai-nos a resgatar
os abandonados e esquecidos desta terra que valem tanto aos vossos olhos.
Curai a nossa vida, para que protejamos o mundo e não o depredemos,
para que semeemos beleza e não poluição nem destruição.
Tocai os corações daqueles que buscam apenas benefícios à custa dos pobres e da terra.
Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa,
a contemplar com encanto,
a reconhecer que estamos profundamente unidos com todas as criaturas
no nosso caminho para a vossa luz infinita.
Obrigado porque estais conosco todos os dias.
Sustentai-nos, por favor, na nossa luta pela justiça, o amor e a paz.

Oração cristã com a criação
Nós Vos louvamos, Pai,
com todas as vossas criaturas,
que saíram da vossa mão poderosa.
São vossas e estão repletas da vossa presença e da vossa ternura.
Louvado sejais!
Filho de Deus, Jesus,
por Vós foram criadas todas as coisas.
Fostes formado no seio materno de Maria,
fizestes-Vos parte desta terra, e contemplastes este mundo com olhos humanos.
Hoje estais vivo em cada criatura com a vossa glória de ressuscitado.
Louvado sejais!
Espírito Santo, que, com a vossa luz,
guiais este mundo para o amor do Pai
e acompanhais o gemido da criação,
Vós viveis também nos nossos corações
a fim de nos impelir para o bem.
Louvado sejais!
Senhor Deus, Uno e Trino, comunidade estupenda de amor infinito,
ensinai-nos a contemplar-Vos na beleza do universo,
onde tudo nos fala de Vós.
Despertai o nosso louvor e a nossa gratidão por cada ser que criastes.
Dai-nos a graça de nos sentirmos intimamente unidos a tudo o que existe.
Deus de amor, mostrai-nos o nosso lugar neste mundo
como instrumentos do vosso carinho por todos os seres desta terra,
porque nem um deles sequer é esquecido por Vós.
Iluminai os donos do poder e do dinheiro
para que não caiam no pecado da indiferença,
amem o bem comum, promovam os fracos, e cuidem deste mundo que habitamos.
Os pobres e a terra estão bradando:
Senhor, tomai-nos sob o vosso poder e a vossa luz,
para proteger cada vida, para preparar um futuro melhor,
para que venha o vosso Reino de justiça, paz, amor e beleza.
Louvado sejais! Amém.

Fonte: Padre Joãozinho SCJ (catholicus.org)

Servir sem desfrutar de prestígios, adverte o Papa Francisco

"Jesus convida-nos a mudar a nossa mentalidade e passar da ambição do poder à alegria de se ocultar e servir"
Antoine Mekary - Aleteia

O Papa Francisco proclamou santos ontem, na Praça São Pedro, os pais de Santa Teresinha do Menino Jesus e falou, entre outras coisas, sobre a atitude de servir ao bem.
A figura apresentada pelo Profeta Isaías do Servo do Senhor que suporta a marginalização e o sofrimento até à morte para resgatar e salvar multidões foi o ponto de partida da reflexão do Santo Padre.
Jesus – observou o Papa –  é um personagem “que não se gaba de genealogias ilustres; mas desprezado, evitado por todos, sabe o que é sofrer. Não se lhe atribuem empreendimentos grandiosos nem discursos célebres, mas realiza o plano de Deus através duma presença humilde e silenciosa, através do seu sofrimento”.
Este sofrimento – explicou o Papa – que lhe permite “compreender os que sofrem, carregar o fardo das culpas alheias e expiá-las”.
Jesus, é o Servo do Senhor, “a sua existência e a sua morte foram vividas inteiramente sob a forma serviço”. Mas Tiago e João, citados na narração de Marcos, “reivindicam lugares de honra de acordo com a própria visão hierárquica do reino”, ainda estão inclinados por “sonhos de realização terrena”. E Jesus – disse o Papa – recorda a eles que deverão beber o mesmo cálice que ele bebe:
“Com esta imagem do cálice, Ele assegura aos dois discípulos a possibilidade de serem associados plenamente ao seu destino de sofrimento, mas sem garantir os desejados lugares de honra. A sua resposta é um convite a segui-Lo pelo caminho do amor e do serviço, rejeitando a tentação mundana de querer sobressair e mandar nos outros”.
Os discípulos – recordou o Papa, referindo-se ao Evangelho do dia – são chamados a servir, a exemplo de seu Mestre, afastando-se da luta para obter poder e sucesso. Jesus, ao dizer “quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo”, indica “o serviço como estilo da autoridade na comunidade cristã”.
“Quem serve os outros e não goza efetivamente de prestígio, exerce a verdadeira autoridade na Igreja. Jesus convida-nos a mudar a nossa mentalidade e passar da ambição do poder à alegria de se ocultar e servir; desarraigar o instinto de domínio sobre os outros e exercer a virtude da humildade”.
Após apresentar aos discípulos o modelo a não ser imitado, Jesus oferece a si mesmo como ideal de sofrimento: “Pois o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”. “Jesus enche de novo sentido esta imagem – disse o Papa – especificando que Ele tem a soberania enquanto servo, a glória enquanto capaz de abaixamento, a autoridade real enquanto disponível ao dom total da vida”:
“Há incompatibilidade entre uma forma de conceber o poder segundo critérios mundanos e o serviço humilde que deveria caracterizar a autoridade segundo o ensinamento e o exemplo de Jesus; incompatibilidade entre ambições e carreirismo e o seguimento de Cristo; incompatibilidade entre honras, sucesso, fama, triunfos terrenos e a lógica de Cristo crucificado”.
E pelo contrário – precisou o Santo Padre – “há compatibilidade entre Jesus, que sabe o que é sofrer, e o nosso sofrimento”. Jesus, de fato, “exerce essencialmente um sacerdócio de misericórdia e compaixão”. Por ter experimentado diretamente as nossas dificuldades, “conhece a partir de dentro a nossa condição humana”. E o fato de ele não ter experimentado o pecado – explica o Papa – “não o impede de compreender os pecadores”:
“A sua glória não é a da ambição ou da sede de domínio, mas a glória de amar os homens, assumir e compartilhar a sua fraqueza e oferecer-lhes a graça que cura, acompanhar, com ternura infinita, o seu caminho atribulado”.
Nós todos, enquanto batizados – prosseguiu o Papa – participamos no sacerdócio de Cristo: “os fieis leigos no sacerdócio comum, os sacerdotes no sacerdócio ministerial”, de forma que todos “podemos receber a caridade que brota de seu coração aberto”, tornando-nos “canais do seu amor, da sua compaixão, especialmente para aqueles que vivem no sofrimento, na angústia, no desânimo e na solidão”.
O Santo Padre, então, recorda que os novos Santos “serviram constantemente, com humildade e caridade extraordinárias, imitando assim o Mestre divino”, citando São Vicente Grossi, “pároco zeloso, sempre atento às necessidades do seu povo, especialmente à fragilidade dos jovens” e tornando-se “um bom samaritano para os mais necessitados”.
Também Santa Maria da Imaculada Conceição, que “serviu pessoalmente, com grande humildade, os últimos, com uma atenção especial aos filhos dos pobres e aos doentes”, e por fim, os Pais de Santa Teresa de Lisieux.
“Os Santos esposos Ludovico Martin e Maria Azelia Guérin viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de Santa Teresinha do Menino Jesus”.
Que “o testemunho luminoso destes novos Santos – concluiu o Papa – impele-nos a perseverar no caminho dum serviço alegre aos irmãos” e que “eles, do Céu, velem sobre nós e nos apoiem com a sua poderosa intercessão”.
(Com Rádio Vaticano)

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

10 conselhos para crescer na vida de oração


Não existem pessoas fortes ou fracas:  existem pessoas que oram e pessoas que não oram
A oração é essencial para a salvação. Santo Agostinho disse que quem reza bem, vive bem; quem vive bem, morre bem; e para quem morre bem, tudo está bem.
Santo Afonso ensina o mesmo: “Quem ora muito será salvo. Quem não ora será condenado. Quem ora pouco, coloca a própria salvação eterna em risco”. O mesmo santo afirmou que não existem pessoas fortes ou fracas neste mundo, apenas pessoas que oram e outras que não oram.
Em outras palavras, a oração é nossa força em todo tempo a lugar. Por isso, apresentamos, a seguir, 10 dicas e incentivos para nos ajudar no caminho rumo ao céu, por meio do esforço de crescer em nossa vida de oração.
1. Tenha convicção e determinação
Ninguém tem sucesso em nenhum âmbito da vida sem determinação para alcançar seus objetivos. Atletas, músicos, estudiosos não chegaram onde chegaram somente por desejar ou pensar no que queriam.

2. Contrate o Espírito Santo como professor
São Paulo nos ensina que não sabemos pedir como convém, e que é o Espírito Santo quem intercede por nós e nos ensina a dizer: “Abbà”, Pai. O Espírito Santo é nosso mestre interior. Antes de começar qualquer momento de oração, invoque a Pessoa do Espírito Santo para iluminar sua mente e incendiar seu coração.

3. Dedique tempo, espaço, boa vontade e silêncio
Como qualquer arte se aprende com a prática, isso também se aplica à oração. Para aprender a orar, escolha um momento determinado, um bom lugar, coloque o melhor da sua parte e faça silêncio interior.

4. Faça penitência
Se a sua oração se tornou entediante e você não está mais crescendo espiritualmente, pode ser devido ao descuido na vida de penitência, a uma vida mais segundo a carne que o espírito. Se você não tem formação na vida penitencial, consulte um bom diretor espiritual e comece com pequenos atos para ir acumulando força interior.

5. Procure a direção espiritual
Os atletas precisam de treinadores; os estudantes precisam de professores. Os guerreiros da oração precisam de um orientador e isso se chama direção espiritual. Há muitos obstáculos na vida de quem quer orar profundamente; a assistência de um diretor espiritual ajuda a identificar estas armadilhas e lidar com elas, para crescer constantemente em santidade, mediante uma vida de oração profunda e autêntica.

6. Faça oração e viva a ação
Uma autêntica vida de oração alcança sua plenitude na progressiva prática das virtudes: fé, esperança, caridade, pureza, bondade, serviço, humildade, amor constante ao próximo e à salvação da sua alma imortal.

7. Estude e leia sobre a oração
Santa Teresa de Ávila não aceitava freiras para o seu convento que não soubessem ler. Por quê? Porque a santa sabia muito bem quão importante é aprender, sobretudo acerca da oração, por meio de uma leitura espiritual sólida. Procure bons livros sobre a vida de oração e leia. Você pode começar pela 4ª parte do Catecismo da Igreja Católica, que fala exclusivamente do tema.

8. Participe de retiros
Os retiros permitem uma dedicação mais prolongada à oração. Um dos estilos mais eficazes de retiro são os inacianos, que podem durar um fim de semana, 8 dias ou até um mês inteiro. Vale a pena fazer algumas experiências de retiro ao longo do ano.

9. Confesse-se regularmente
Às vezes a oração se torna muito difícil porque temos a consciência suja pelo pecado. Jesus disse: “Bem-aventurados os limpos de oração, porque eles verão Deus” (Mt 5, 8). Depois de uma boa confissão, os olhos da alma conseguem ver e contemplar o rosto de Deus com mais clareza.

10. Conte com Nossa Senhora
Depois de invocar o Espírito Santo, peça a intercessão de Maria por você, e convide-a a estar ao seu lado cada vez que você dedica um tempo à oração. Ela nunca falha. Da mesma maneira que Jesus transformou a água em vinho nas bodas de Caná, Ele pode transformar nossa oração insípida e sem sabor no vinho doce da devoção.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Abertos ao chamado

 
 “Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher.” (Equipe da Super-Região, contra-capa do Livro Tema 2008)


Todos nós equipistas, ao aderirmos ao Movimento das ENS, estamos atendendo ao chamado do Senhor, para sermos discípulos missionários de Cristo. Mas alguns de nós, além de sermos missionários no mundo, de tempos em tempos, somos escolhidos para servirmos de forma muito especial aos casais da nossa equipe de base, assumindo por um ano a responsabilidade de Casal Responsável de Equipe.

Faltando um mês para a eleição do novo CRE, cabe ao casal se preparar, com muita oração e reflexão, buscando discernir em qual casal da equipe vai depositar sua confiança para este serviço de amor a Deus e ao Próximo. O casal deve (pode) conversar entre si, o voto, porém, será individual e sigiloso, portanto marido e mulher não precisam votar em consenso, nem igual.

Por outro lado, é importante que o casal converse sobre a possibilidade de a escolha recair sobre si próprio, preparando-se espiritualmente para abrir-se ao chamado e para acolhê-lo com muita alegria e disponibilidade. “A ninguém é permitido permanecer inativo”, já dizia o Papa João Paulo II, na Christifidelis Laici.

Na vida conjugal, a Escuta da Palavra, este importante PCE, sempre nos ajuda a escolher os caminhos conforme os desígnios de Deus. Quantas vezes procuramos na Bíblia uma palavra que nos ilumine para uma decisão importante. Assim, com muita humildade, preparemo-nos para este serviço de responsabilidade, animando-nos com a palavra de Jesus Cristo:

“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos que estão em casa. Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus.” “Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles. Esta é a lei e os profetas.” ( Mt 5,14-16 e Mt 7,12)

Na hora da escolha, na reunião da equipe, invoquemos o Espírito Santo e estejamos preparados para eleger aquele casal que nossa consciência diz ter melhores condições para animar a nossa equipe no próximo ano e, se formos nós os escolhidos, acolhamos com alegria o serviço, sem medo e com muita confiança.

Muitos serão eleitos pela primeira vez. Não tenham receio de não dar conta, de não estar à altura das expectativas dos irmãos e do Movimento. Basta que tenham boa vontade e esforcem-se para fazer o seu melhor, não esquecendo da oração diária, para que o Espírito Santo os ilumine e capacite no exercício dessa missão. O CRE sempre contará com o apoio do seu Casal Ligação e do CRS e o Movimento oportunizará toda a orientação necessária.

Nas equipes mais antigas, casais serão eleitos pela segunda, terceira ou quarta vez, já possuindo experiência e conhecimento das responsabilidades do CRE, mas o esforço continua, pois sempre devemos nos aprimorar e conhecer mais os documentos do Movimento. A oração é o canal de união do CRE com Deus. Mantendo uma postura de humildade, confiança e perseverança na oração, obteremos o auxílio divino, concedido a todos, principalmente aos que o pedirem.

“Uma responsabilidade espiri­tual só pode ser recebida do Senhor e ninguém pode se apropriar dela. Isso quer dizer que é preciso manter-se em união com Aquele que nos confiou essa responsabilidade”. (Pe. Roger Tandonnet)n

Avani e Carlos
Eq. Carta Mensal

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Atividades para a Coleta da Romaria 2015


A Cidade de Castanhal, já respira o clima de mais uma Romaria em honra a Nossa Senhora de Nazaré. O terceiro Domingo de outubro, reserva para todo o povo diocensano um encontro com a Rainha da Amazônia e Mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, o Tema da XVII Romaria será "Com Maria, damos graças a Deus pelos 10 anos de caminhada da nossa Diocese de Castanhal multiplicando comunidades alegres e acolhedoras". Como tem acontecidos todos os anos o Movimento das Equipes de Nossa Senhora no Setor Castanhal, tem dado importante contribuição para a Igreja de Castanhal por ocasião da Romaria, atuando nos trabalhos de Coleta de doações dos Romeiros. Novamente esse ano, os Casais Equipistas foram convidados e irão prestar com muita dedicação e organização esse serviço na grande Romaria, os trabalhos e toda a logística para uma   organizada coleta, já foram devidamente realizada entre as Equipes do Setor, que dividiram entre si as atividades, que vão desde a coleta no inicio da Romaria na Igreja Matriz de São José, Coleta na Santa Missa na Catedral e arredores e Postos de Coleta ao longo do percurso da Romaria na Rodovia Castanhal Apéu. Desde já o Setor Castanhal, conta mais uma vez com o trabalho generoso de todos os seus Equipistas para que novamente a Coleta da Romaria 2015, seja um sucesso como nos anos anteriores. Abaixo segue o cronograma das atividades por Equipes do Setor:


Atividades para a Coleta da Romaria 2015

Posto de Coletas 1 – Igreja Matriz de São José (Responsável Equipe 06)

Posto de Coletas 2 Catedral Em frente a SEMAS (Responsável Equipe 14)

Posto de Coletas 3 Catedral Transcastanhal (Responsável Equipe 12)

Posto de Coletas 4 – Catedral Hospital Municipal (Responsável Equipe 11)

Posto de Coletas 5 – Major Wilson área externa Em frente à Catedral (Responsável Equipes 13 e 15)

Posto de Coletas 6 – Barão do Rio Branco Lateral da Catedral parte Externa (Responsável Equipe 10)



Catedral parte INTERNA OFERTÓRIO DA MISSA

Catedral EscadariaEquipe 08

Praça 12 Apóstolos e lateraisEquipe 06



Coleta Rodovia TRANS APEÚ

Posto de Coletas 7 – Feira Agropecuária (Responsável Equipe 07)

Posto de Coletas 8 – Titanlândia (Responsável Equipe 05)

Posto de Coletas 9 – Betânia (Responsável Equipe 04)

Posto de Coletas 10 – Apeú (Responsável Equipe 16)

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

O papa pede misericórdia para as mulheres que abortaram. E quanto aos homens?


Assim como as mulheres não são as únicas responsáveis pelo aborto, assim os homens também precisam de misericórdia

Girou pelo Facebook nos últimos dias um post publicado supostamente pela Associação Nacional de Freiras Católicas dos EUA, contendo uma mensagem sobre o aborto dirigida ao papa Francisco: “O senhor não está entendendo direito”, dizia o post.
A associação, já envolvida em outras controversas dissidências doutrinais, pareceria apreciar o esforço pastoral do papa em permitir, durante o Ano Jubilar da Misericórdia, que todos os sacerdotes absolvam as mulheres arrependidas por terem abortado. Mesmo assim, a associação das religiosas norte-americanas ainda não estaria satisfeita com Sua Santidade, a julgar pelo conteúdo do tal post:
[O ato de Francisco] não respeita a autoridade moral das mulheres nas decisões sobre a sua própria anatomia reprodutiva. [Esse mesmo ato] ainda considera que as decisões femininas são pecaminosas; não reconhece que foi o esperma do homem que produziu essas gravidezes não planejadas; serve apenas para enfatizar que as mulheres deveriam poder administrar todos os sacramentos; continua deixando os homens proclamarem o que é certo para as mulheres.
Bom, vamos lá…
Primeiro: qualquer que seja a “autoridade moral” que as mulheres podem achar que têm sobre o seu corpo, o fato é que um aborto destrói violentamente o corpo de outra pessoa – e mulher nenhuma tem “autoridade moral” para cometer um assassinato.
Segundo: o papa não afirma de modo algum que “as decisões femininas são pecaminosas” pelo fato de serem femininas. O caso é que, no planeta Terra, existem decisões que são pecaminosas em si mesmas. E o aborto é uma delas, seja quem for que decida realizá-lo.
Terceiro: sim, o esperma é necessário para a gravidez, mas este mesmo argumento é obrigado a reconhecer que os óvulos também são.
Quarto: o ato do papa não indica de forma alguma que as sagradas ordens devam ser abertas a todos: as sagradas ordens são reservadas somente àqueles a quem Cristo chamou para exercê-las, ou seja, os apóstolos e seus sucessores. E é com base nelas que tem continuidade a prática dos papas de proclamar a misericórdia e o amor do Criador pelas suas criaturas.
Há um ponto realmente interessante, porém, no post atribuído a essa associação de freiras: ao focar tão intensamente na reconciliação das mulheres que abortaram, a declaração do papa não mencionaria os homens, que muitas vezes incentivam (e até forçam) os abortos.
Ora, “este Ano Jubilar da Misericórdia não exclui ninguém”, escreveu Sua Santidade. O papa exorta o clero a absolver do pecado do aborto aqueles que o promoveram e aqueles que, de coração contrito, buscam o perdão por tê-lo cometido, o que inclui toda pessoa que tenha encorajado ou forçado uma mulher a fazer aborto. Essas pessoas, muitas vezes, são homens. Logo, eles também foram incluídos pelo papa entre as pessoas que precisam de misericórdia.
De acordo com as freiras, talvez alguém – uma mulher, provavelmente – devesse ter ficado ao lado do papa Francisco para lembrá-lo de que “o esperma produz bebês” e de que existem milhares de homens, talvez milhões, que desempenharam papéis cruciais na realização de abortos, contribuindo com esse holocausto humano e minimizando ou ignorando o fato de terem colocado em risco a própria alma imortal.
Parece bastante óbvio que o papa Francisco sabe de tudo isso. De qualquer modo, não custa nada explicitar que a mensagem do papa também inclui os homens: os homens também têm extrema necessidade da misericórdia – da cura e da reconciliação que só pode ser encontrada no sacramento da confissão.
Há misericórdia para as mulheres, e Sua Santidade deixou isto bem claro, mas há misericórdia também para os homens, caso alguém insista em interpretar que o papa os teria eximido dessa realidade. E os homens devem ser informados não só de que essa misericórdia está à sua disposição, mas ainda de que, se tiveram qualquer envolvimento com o aborto, eles precisam recorrer a ela. Não podemos deixar que eles vivam na ignorância desta verdade.
Nós, católicos, falamos muito, e com razão, sobre a complementaridade dos sexos em termos de relacionamento; esta é uma oportunidade para falarmos também da responsabilidade mútua dentro dessa complementaridade, assim como da necessidade mútua de misericórdia.
“… Se antes não havíeis recebido misericórdia, agora a tendes recebido”, escreveu o primeiro papa da história. Em Cristo e na sua Igreja sempre houve misericórdia e é muito bom que as mulheres afetadas pela tragédia do aborto sejam explicitamente convidadas a participar dela. Mas deixemos claro também para os homens que este convite a conhecer a misericórdia é igualmente dirigido a eles.

Fonte: Alateia.com

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Casamento: os 13 obstáculos da união conjugal

Quer melhorar seu casamento? Identifique quais destes obstáculos fazem parte da sua vida conjugal e saiba como superá-los


A couple in crisis© DR

 Felipe Aquino especialista aleteia network

Muitos são os obstáculos à vivência cotidiana do amor conjugal, e que quebram a unidade do casal. Vamos analisar essas dificuldades, lembrando que a beleza do casamento está justamente no fato de o casal conseguir fazer vencer o amor sobre as diferenças pessoais de cada um. O amor, quando vence, soma as divergências e gera a complementação harmoniosa.

Quais os problemas que quebram a unidade do casal?

1. Mentira
Por menor que seja, ela gera a desconfiança para com o outro a falta de confiança, é lógico, gera o ciúme; e este, a briga. Por isso, o casal não pode permitir a mentira em seu meio. Ela tem pernas curtas.

2. Moda
Todos gostam de andar na moda. Contudo, não tem sentido, por exemplo, a esposa querer seguir a moda que seu esposo desaprova, e vice-versa. A primeira pessoa a quem devo agradar com o meu modo de vestir, falar, etc., é aquela com quem eu estou casado.

3. Comparações
É comum o péssimo hábito que alguns casais têm de ficar se comparando com outros casais. A esposa, muitas vezes, fica querendo que seu marido seja como o marido da vizinha, que compre uma casa como a da vizinha, um carro como o da amiga etc. O marido, por sua vez, gostaria que sua esposa se vestisse como a vizinha, ou fosse culta como a esposa do seu amigo, etc.

4. Parentes
O sangue fala muito forte dentro de nós. Ninguém gosta de ouvir falar mal dos seus pais e dos seus irmãos. Isso vale também, e muito, para o casal. Jamais o marido deve falar mal dos sogros e cunhados para a esposa, e vice-versa. Não ofenda os parentes dele porque você estará ofendendo a ele, indiretamente.

5. Ressentimentos
Quando se tira a casca de uma ferida, ela volta a sangrar e a doer. Isso é o que alguns cônjuges fazem um com o outro. Muitas vezes, num momento de desentendimento, lembranças e ofensas antigas são propositalmente trazidas à tona, reavivando mágoas e sofrimentos adormecidos.

6. Desrespeito
Como é doloroso você presenciar um marido ofendendo sua esposa com gritos palavrões, ofensas e até tapas!… Como é triste a esposa ofendendo o marido!… Um dia eles juraram amor eterno aos pés do altar! Veja bem, eu me caso com aquela pessoa que escolhi entre todas as que conheci, para com ela construir uma vida a dois. Como é então que agora eu fico ofendendo e desrespeitando esta pessoa?
Vou dar uma receita para que os maridos sejam tratados como reis por suas esposas: tratem suas esposas como rainhas!

7. Brigas
O casal muitas vezes se desentende porque não combina certas coisas com clareza e objetividade. Alguém já disse que “o que é combinado não é caro”. Muitas discussões surgem porque as coisas não são bem definidas.

8. Dinheiro
O casal briga mais quando sobra dinheiro do que quando este falta. Quando sobra dinheiro, o casal se desentende sobre a forma de gastá-lo. Às vezes o marido quer trocar o carro, enquanto a esposa quer trocar os móveis… e assim por diante. Se não houver maturidade do casal, o dinheiro pode dividi-lo de muitas maneiras. Todo o dinheiro do casal, independente de quem ganha, deve ser colocado em comum, ambos opinando e decidindo sobre o seu uso.

9. Educação dos filhos
O essencial é que o casal seja unânime na educação, isto é, ambos devem agir da mesma forma, sem se contradizerem naquilo que dizem e fazem com os filhos. Para isso, é preciso que o casal seja unido e dialogue muito, de modo a encontrar a forma comum de conduzir os filhos.

10. Temperamento
Muito se fala em fracasso de um casamento por “incompatibilidade de gênios”. Na maioria dos casais, os cônjuges têm temperamentos diferentes, e é exatamente a harmonização dessa diferença, forjada pelo amor vivido a cada dia, que faz a beleza da vida a dois. Não há temperamento forte ou difícil que não possa ser curvado ao fogo do verdadeiro amor.

11. Indelicadeza e reprovação
A falta de delicadeza e atenção é um dos pontos tristes no relacionamento de alguns casais. Um tratamento frio e desatencioso revela falta de amor e de união. É fundamental que cada um incentive o outro a ser melhor e faça elogios na hora certa. É preciso notar o esforço que um faz para agradar ao outro. Quantas mulheres se queixam de que o marido não nota e não elogia o seu penteado diferente, o seu vestido novo, etc.! Pior ainda que a falta de atenção é a reprovação. Muitas vezes, um diminui e humilha o outro com críticas pesadas. O pior de tudo é que essas reprovações, não raramente, são feitas na presença de outras pessoas.
É preciso trocar as atitudes de reprovação por palavras de aprovação e incentivo. A desaprovação e a crítica ácida são piores do que a agressão física. Muitos têm o hábito de notar apenas aquilo que o outro tem de negativo, ao invés de enaltecer e agradecer a Deus pelo que o outro tem de bom. Nunca faça uma crítica a sua esposa, sem antes relembrar-lhe uma de suas qualidades. Lembre-se: as pessoas reagem melhor ao elogio do que à reprovação.
Duas frases de ouro no casamento são: “Desculpe-me” e “Eu te amo”. Se soubéssemos pedir perdão e também perdoar, seríamos felizes. Além disso, é preciso também expressar em palavras o amor ao outro. E como isso é difícil para muitos! Especialmente para os maridos.

12. Aparência física
Uma das razões que esfriam o relacionamento do casal é a maneira desleixada de cuidar da própria aparência. Nenhum marido gosta de chegar em casa e encontrar a sua esposa mal-vestida, despenteada, etc. A má aparência dificulta o relacionamento. Há mulheres que cuidam muito bem da casa, dos filhos, mas esquecem-se de si mesmas; vivem desarrumadas. Há o esposo que também não busca agradar à esposa através do cuidado com sua própria apresentação.

13. Reclamação e autopiedade
Muitas pessoas são exageradamente ranzinzas, reclamam de tudo e de todos, nunca estão satisfeitas com a vida. Na verdade, o problema está dentro delas e não fora. São pessoas cheias de autopiedade, auto-estima, quer se consideram vítimas de tudo. No casamento, isso é uma tragédia. Ninguém suporta viver com uma pessoa chata, sempre a reclamar. Tal comportamento azeda qualquer relação e impede o crescimento do casal.

A Palavra de Deus nos diz: “Vivei sempre contentes. Orai sem cessar. Em todas as circunstâncias, daí graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo” (I Ts 5, 16-18). Viva essa Palavra e prometa a si mesmo nunca mais ficar se lamentando da vida e do seu cônjuge.
Fonte Alateia.com

Encontro de Equipes Novas em Castanhal - EEN

O Regional Norte II, tendo como  anfitrião o Setor Castanhal, sediarão nos dias 22 e 23 de agosto o EEN - Encontro de Equipes Novas, metodologia que propõe a revisão do processo de  Pilotagem. O Encontro de Equipes Novas é uma Formação Específica do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, para os Casais das Equipes que finalizaram o período de Pilotagem até dois anos, e também para os Casais que foram introduzidos no Movimento por meio da chamada Pilotagem Paralela. Em dois dias os casais recém Pilotados, reavivarão as orientações vividas no período da Pilotagem, tempo esse, em que os Casais são iniciados na pedagogia do Movimento, Carisma, Mística, espiritualidade, vida de Equipes e PCE, Pontos Concretos de Esforços. O Encontro de Equipes Novas, será realizado em Castanhal, no Auditório da SEMAS - Secretaria Municipal de Assistência Social do Município de Castanhal, que foi gentilmente cedido pela Prefeitura de Castanhal. Participarão desse importante evento de Formação, Casais dos Setores de Castanhal anfitrião, Capanema e São Miguel do Guamá, esses casais oriundos de outros setores, serão acolhidos carinhosamente em diversas casas pelos Casais Equipistas do Setor Castanhal. Toda Estrutura e Logística do Evento está sendo carinhosamente preparada pelo querido Casal Regional Norte II, Edna e Sebastião, sempre a colaboração dos Casais do Setor Castanhal. A Condução do Evento será realizada por uma Equipe Formadora do Regional Norte II, além da presença já confirmada do querido Casal Provincial Marilena e Jesus, cuja presença é aguardada com muito carinho por todos casais em nosso Regional.  Pedimos que os Casais Responsáveis de Equipes animem os Casais de suas Equipes para a participação neste importante momento de Formação, que é proposto pelas Equipes de Nossa Senhora.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

O aborto não é saída, e sim entrada para um caminho cheio de sofrimento

"Abortei por achar que não estava preparada para ser mãe. Hoje posso resumir tudo como egoísmo puro."

Decidi escrever meu depoimento porque finalmente encontrei o começo da paz e do perdão que tanto buscava, desde que, há um ano, optei pela decisão "mais fácil", "mais cômoda", a que "afetaria menos pessoas" e que acabou prejudicando a pessoa a quem mais amei até agora: meu próprio filho.
 Há um ano, meu namorado e eu, que estamos juntos há 7 anos, descobrimos que estávamos esperando um filho. Engravidei depois de deixar de tomar anticoncepcionais, por motivos de saúde. Foi uma notícia que me deixou apavorada. Eu achava que ia enlouquecer, e não era por ser uma adolescente de 15 ou 20 anos; eu já tinha 26, era formada, assim como meu namorado. Simplesmente senti que não poderia arcar com aquela responsabilidade, que não estava preparada, que não poderia dar tudo o que gostaria ao meu primeiro filho. Mas hoje posso resumir tudo em egoísmo puro.
 Uma das coisas pelas quais mais me sinto mal é o fato do meu namorado ter aceito a notícia com alegria e, ao ver minha negativa, ele me propôs ter o bebê e dá-lo a ele, que o criaria. Mas eu respondi: "Se eu tiver esse filho, você me perderá, porque eu não suportarei esta situação. Ou você me ajuda, ou eu faço isso sozinha". E assim, após algumas horas, ele acabou aceitando.
 Procurar alguém disposto a me "ajudar" não foi fácil. Eu me mostrava muito decidida, ainda que, no fundo, o medo me invadia e me dominava; mesmo não aceitando a gravidez, eu já estava amando meu filhinho, quase imperceptível ainda. Mas finalmente chegou o dia, fui até a clínica e, em questão de minutos, acabaram não somente com o meu filho, mas também com uma parte de mim.
 Hoje posso lhes dizer que a dor física não é nada comparada com a dor que eu sentia na alma. No instante em que saí da clínica, um terrível arrependimento invadiu meu coração, como se finalmente tivesse aberto os olhos: eu havia matado meu próprio filho! Isso foi pior que se tivessem me arrancado uma perna ou um braço.
 Meu namorado também se arrependeu e, desde então, só procuramos maneiras de fugir da dor. Mergulhamos no trabalho, na rotina, nas coisas materiais, mas nada fazia a dor passar nem melhorar, nada nos dava paz.
 Não havia um só dia em que eu não chorasse. Pedi perdão a Deus muitas vezes, comecei a ler a Bíblia em busca de respostas, ia à missa, mas não tinha coragem de me confessar porque achava que não me perdoariam.
 Depois de um ano, criei coragem e fui me confessar. Nesse dia, pude redescobrir o amor infinito de Deus e perceber que, apesar de tudo o que eu pudesse pensar, Ele me perdoava. Sim, Deus me perdoou, mas mesmo assim, eu não me sentia bem, algo ainda estava errado.
 Passaram-se os dias e os meses, meu namorado e eu decidimos retomar os planos de casamento. Entre os requisitos, encontrava-se o curso de noivos. Começamos a fazê-lo só por obrigação, mas sem imaginar que esta era a oportunidade que Deus estava colocando em nossas vidas para retomar seu caminho e não nos afastarmos mais dele.
 Sim, agora compreendo que o que me aconteceu foi por isso, porque me afastei dele, porque as decisões ruins são tomadas com mais facilidade quando nossa parte espiritual está vazia ou adormecida.
 Durante o curso de noivos, decidimos voltar a nos confessar e foi então que descobri que o que me pesava interiormente era que eu ainda não tinha me perdoado de verdade. Deus já havia me perdoado, mas eu não. Conversei muito com o padre e esta foi uma oportunidade de ouro que hoje agradeço infinitamente.
 No próprio curso, percebemos que uma coisa leva à outra e que, se estivéssemos esperado até o casamento para ter uma vida sexual, se tivéssemos vivido a castidade e a pureza, nada disso teria acontecido.
 O padre me ajudou a ver que Deus realmente escreve certo em linhas tortas. Agora creio firmemente que tenho um propósito de vida, mais ainda com o que me aconteceu, e se o meu depoimento puder ajudar alguém que esteja pensando no aborto como uma saída, pode ter certeza de que o aborto é apenas a porta para um caminho repleto de sofrimento e dor, que não desejo a ninguém.
Fonte Alateia.com

sexta-feira, 26 de junho de 2015

A matemática da felicidade, Amor¹ + Amor² = Família³.

O que as crianças (novas ou idosas) podem nos ensinar nesta vida
 
© Cary and Kacey Jordan / CC

Hoje, estava lembrando da minha pequenininha. Na lembrança, ela estava tão linda, com um lacinho cor-de-rosa, blusinha e sapatinho da mesma cor. Enquanto ela esteve em meus braços, o céu azul se abriu novamente para mim. Meus olhos se depararam com a imensa ternura daquele pedacinho de gente, aquelas mãozinhas lindas, com dedos longos e firmes. Seus olhos estavam pesados, pois acabara de mamar, como se tivesse acabado de ouvir durante horas sons de violino.

Ainda assim, pude sentir o cheirinho de bebê, a mãozinha que apertava o último dedo da minha mão direita. Se juntarmos essa sequência de fatos, posso anunciar que descobri a matemática da felicidade. São pequenas lembranças formadas em momentos breves, porem únicos; são incontáveis sentimentos, como em uma tempestade que enxuga a alma do meu coração tristonho.

Algumas vezes dava para vê-la sorrindo. Entre uma e outra abertura de olhos, a chupeta arriscava sair da boca, mas retornava. Por alguns instantes, minha solidão, meu desassossego, minha canção do exílio foram tiradas de mim.

Meu peito enchia-se de alegria, pois havia ali um amor maior que a minha existência. Eu necessariamente vivi para entender e compreender que ainda não sei amar: minha filha sim. Nos trinta minutos seguintes, minha família se uniu, fizemos planos rasos sob o rosto um do outro.

Nunca ignorei o fato de que a existência daquelas orelhinhas que agora estavam usando brincos, eram fruto de um pensamento que foi se materializando em uma pretensão de raios de luz, paz e carinhos. Já não conseguia mais identificar outra forma de externar minha gratidão a Deus, senão através dos meus olhos cheios d`água. Talvez minhas lágrimas fossem um desejo inconsciente da minha princesa de conhecer o mar como vira em mim, sob uma completa serenidade, que dava até para dormir.

Caminhando ao redor da sala, fiz com que as pisadas acompanhassem a respiração da minha bonequinha, que não chorou, só queria estar quentinha, pertinho dos meus braços, como se ainda estivesse no ventre da mãe. Naquele instante, vi que tudo que fiz na vida era tão insignificante e que por mais que as ciências tentassem explicar o que eu sentia, jamais haveria outro barulhinho de gatinho ou cabelinho de anjo que extraisse de mim tanto amor.

Agradeço mais uma vez ao meu grande pai que me permitiu estar aqui para presenciar todos os detalhes inclinados da experiência divina, cuja missão somos predestinados na condição de pais. Mais que isso, admiro a coragem daqueles que entendem tal dádiva como um presente, falo sobre as pessoas que em sua profissão auxiliam, orientam e ajudam pessoas em desespero a encontrarem a paz no coração.

Tenho grande apreço por aqueles que se mantêm firmes na tarefa de serem bons, educadores, porque de críticos o mundo está cheio. A minha filha se tornou uma grande professora, me ensinando lições sobre nobreza, paciência, entrega, liberdade e amizade, institutos familiares que perdem sentindo ante as palavras e ideias erradas que julgamos entender nos livros. Ela me mostrou que a saudade é o pior sentimento do mundo.

Hoje tornou-se importante para mim, todos os dias reconhecer a dureza e suavidade da existência: tornei-me mais humano por causa da minha vida. Para que serve a vida, senão para nos fazer merecedores de coisas grandiosas?

Analisando o que me ocorreu hoje, entendo que há grandeza em ser bom, contudo, a bondade em si não é privilégio dos nobres, pois todos a possuem. Percebo que a vontade de fazer tudo na vida dar certo, não tem grande diferença quando nos deparamos com os imprevistos.Planos se desfazem e projeções melhores de repente acontecem..

E quando acordamos, o sol voltou mostrando seu brilho para as coisas importantes, nesse ciclo infinito de beleza e sinceridade que nos esquecemos. Os cálculos, toda a gama de princípios aprendidos, de nada valem quando a maior emoção da vida é apenas o querer bem das pessoas amadas.

Aprendi novamente isso hoje. Talvez amanhã eu aprenda sobre créditos de carbono. O fato é que, nesse dia, me dispus a interpretar todo o conhecimento que me foi ensinado por uma criança. E quantas crianças, sejam novas ou idosas existem no mundo que podem nos ensinar algo de bom e valioso?

Termino minha dissertação com uma teoria quântica bem simples: Amor¹ + Amor² = Família³.

sources: Obvious 
Extraído do site: http://www.aleteia.org/pt/estilo-de-vida/conteudo-agregado/a-matematica-da-felicidade-5860185067225088 - (www.aleteia.org) 

quinta-feira, 25 de junho de 2015

São João: o nascimento de um grande atrevido que enfrentou a hipocrisia de um governante

Relembre o nascimento e a missão do santo padroeiro dos injustiçados por causa da fé

Creative Commons

NASCIMENTO

São João Batista era filho de Zacarias e Isabel e primo de Jesus. Ocorre que seus pais já eram idosos quando o arcanjo Gabriel se apresentou a Zacarias e lhe disse que suas orações tinham sido ouvidas: sua mulher, mesmo estéril e de idade avançada, conceberia e lhe daria um filho. (cf. Lc 1 e Mt 11). “Tu lhe darás o nome de João e ele será para ti motivo de júbilo e alegria; muitos se regozijarão por seu nascimento, posto que será grande diante do Senhor”.

Mas Zacarias duvidou e, por sua pouca fé, perdeu a voz. Quando nasceu o menino, Zacarias escreveu num tabuinha: “Seu nome é João”. Nesse momento, ele recuperou a fala e entoou um esplêndido hino de amor e agradecimento a Deus, conhecido como “Benedictus”.

São João Batista foi concebido no pecado original, mas ficou purificado antes ainda de nascer, quando sua mãe, Santa Isabel, foi visitada pela Santíssima Virgem Maria, que, por sua vez, já portava em seu seio o Salvador, Jesus. Santo Agostinho observou que a Igreja sempre celebra a festa dos santos na dia de sua morte, mas, no caso de São João Batista, santificado já no ventre da mãe, ele é celebrado também no dia de seu nascimento.

A propósito, as lendas e tradições que começaram a surgir desde o século IV em torno a São João Batista contam que, quando Maria foi visitar a prima Isabel, combinaram ambas que, ao nascer João, Zacarias acenderia uma fogueira para sinalizar a vinda do menino ao mundo. Por isso é que teria começado a tradição das fogueiras de São João em junho, o mês do seu nascimento.


MISSÃO

O próprio Jesus descreveu João como o último e o maior dos profetas: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista. De fato, todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar” (Mt 11,11-14).

João precedeu Jesus como seu mensageiro, anunciando a vinda do Cristo e dedicando-se a preparar o povo para recebê-lo. Em sua pregação, ele batizava no Rio Jordão, e daí seu apelido de "Batista", e combatia os vícios e as injustiças mediante o testemunho de uma vida austera. Sobre Jesus, João proclamava: “Ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e Ele mesmo caminhará à sua frente” (Lc 1, 15).


MARTÍRIO

Impelido pela missão profética, João Batista denunciou os pecados do governador da Galileia, o rei Herodes, que tinha sequestrado sua cunhada Herodíades e vivia com ela como se fossem esposos. O Batista foi então preso em Maqueronte, na costa oriental do Mar Morto. Salomé, a filha de Herodíades, ganhou do rei o direito de pedir o que desejasse. Sua mãe vingativa a instigou a fazer um pedido assassino: “Quero que me dês imediatamente, numa bandeja, a cabeça de João, o Batista” (Mc 6,25). O Santo Precursor sofreu então o martírio.


ORAÇÃO

Deus, nosso Pai, celebramos hoje o nascimento de São João Batista. Pela força da vossa Palavra, convertei os nossos corações: “Doce, sonoro, ressoe o canto, minha garganta faça o pregão. Solta-me a língua, lava a culpa, ó São João! Anjo no templo, do céu descendo, teu nascimento ao pai comunica, de tua vida preclara fala, teu nome explica. Súbito mudo teu pai se torna, pois da promessa, incréu, ducida: apenas nasces, renascer fazes a voz perdida. Da mãe no seio, calado ainda, o Rei pressentes num outro vulto. E à mãe revelas o alto mistério de Deus oculto. Louvor ao Pai, ao Filho unigênito, e a vós, Espírito, honra também: dos dois provindes, com eles sois um Deus. Amém.


PADROEIRO

São João Batista é padroeiro dos injustiçados por causa da fé: uma situação particularmente atual em meio à grande onde de violência e martírio sofrida pelos cristãos do nosso tempo em todo o mundo:

sources: Aleteia - www.aleteia.org

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Papa Francisco alerta sobre os "barulhos mundanos"

Como preservar o coração para ser sempre de Deus: reflexão do Papa Francisco de hoje



People Walking On the Street © igor.stevanovic / Shutterstock

O Papa Francisco pediu que os fiéis tenham cuidado com os "barulhos mundanos". O Papa falava hoje, em sua homilia matutina na missa em Santa Marta.
O Papa inspirou sua reflexão nas duas leituras da liturgia. De São Paulo, Francisco ressaltou o convite a “não acolher em vão a graça de Deus” que se manifesta, afirma o Apóstolo, “agora”. Isso significa, observou, que “em cada tempo o Senhor nos dá a graça”, o “dom que é gratuito”. O cristão, diz o Papa, deve estar consciente e, portanto, deve estar com o coração preparado para acolher aquele dom, com o coração livre “do barulho mundano”, que é também o “barulho do diabo”. Francisco exortou a acolher este dom, tomando cuidado, porém, com o que Paulo indica, isto é, não ser motivo de escândalo a ninguém”.
“É o escândalo do cristão que se diz cristão, que vai à igreja, vai à missa aos domingos, mas vive não como cristão, mas como mundano ou pagão. E quando uma pessoa é assim, provoca escândalo. Quantas vezes ouvimos nos nossos bairros, nas lojas: ‘Olha aquele ou aquela, todos os domingos na missa e depois faz isso, isso e isso …’. E as pessoas se escandalizam. Isto é o que Paulo diz: ‘Não acolher em vão.’. E como devemos acolher? Antes de tudo, é o ‘momento favorável, diz. Nós devemos estar atentos para entender o tempo de Deus, quando Deus passa por nosso coração”.
O cristão atinge o limiar desta atenção, disse Francisco, quando se coloca na condição de proteger o coração, “distanciando todo barulho que não vem do Senhor, afastando as coisas que nos tiram a paz”. Um coração livre de paixões, aquelas que no Evangelho Jesus as resume no “olho por olho” e inverte a perspectiva para o “oferecer o outro lado da face” e caminhar dois quilômetros com quem obrigou você a caminhar um:
“Ser livre de paixões e ter um coração humilde, um coração manso. O coração é protegido pela humildade, pela mansidão, nunca pelas lutas e guerras. Não! Este é um barulho: barulho mundano, barulho pagão ou barulho do diabo. O coração em paz! ‘Evitamos dar qualquer motivo de escândalo para que o nosso ministério não seja criticado’, disse Paulo, mas pelo contrário, fale do ministério e do testemunho cristão para que não seja criticado.”
Preservar o coração para ser sempre de Deus, como diz São Paulo, “nas tribulações, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nas fatigas, nas vigílias e jejuns”.
“Mas essas coisas são feias e eu devo custodiar o meu coração para acolher a gratuidade e o dom de Deus? Sim! E como faço isso? Continua Paulo: Com a pureza, sabedoria, magnanimidade, benevolência e espírito de santidade. A humildade, a benevolência e a paciência que olha somente Deus e tem o coração aberto ao Senhor que passa.”

(Rádio Vaticano)
sources: Rádio Vaticano

Como fazer que o amor seja mais que um “conto de fadas”

Dicas para fazer a chama do amor se manter acesa

Nos contos de princesas e de castelos encantados parece estar o segredo da felicidade. Ainda que muitas pessoas opinem o contrário, sim, os príncipes e princesas existem. Não são aqueles seres perfeitos, sem defeito algum na vida ou situações para melhorar, e sim aqueles que trazem sonhos e ideais à nossa vida.
Quando nos apaixonamos, vivemos uma espécie de conto de fadas, um sonho do qual não queremos despertar. Mas, se nos esforçamos para manter a chama desse amor acesa, mesmo perdendo um pouco de sua intensidade, ela continuará brilhando.
O encontro maravilhoso de duas pessoas que se apaixonam pode ser o começo de uma vida transcendente, na qual um busca fazer o outro feliz, e a base da sua relação é e sempre será a sinceridade, aliada ao respeito.
Um relacionamento cresce e se fortalece quando está fundamentado nos valores, quando se busca o bem do outro sem esperar nada em troca; é a alegria de ver o ser amado feliz.
Para manter a chama do amor viva, que tal sair da rotina? Surpreenda seu amado com um jantar romântico, flores, chocolate etc.; faça a pessoa se sentir amada, especial, única, merecedora do seu sorriso.
A felicidade tão desejada é construída entre os dois, não em um mundo de perfeição, mas na realidade da vida cotidiana, em meio a problemas, correrias, longas horas de trabalho, estresses e todos os demais elementos que fazem parte da vida.
Aceitar-nos e aceitar o outro sem pretender mudá-lo é um dos elementos essenciais para construir uma união sólida. O amor é tão grande, que amamos apesar das coisas que precisam melhorar, porque somos seres que se aperfeiçoam, que se tornam mais pessoas na medida em que trabalham na própria superação.
Ao falar de aceitar, refiro-me a que às vezes pretendemos mudar absolutamente tudo do outro: sua forma de falar, vestir-se, opinar etc. E deixamos de lado sua essência, sua forma de ser, de pensar e de sentir.
Precisamos aprender a ser mais tolerantes diante de opiniões, pensamentos, e muitas vezes de culturas e costumes diferentes. Não podemos nos deixar levar por estereótipos ou modelos vistos em novelas e revistas.
O amor verdadeiro existe, mas precisa ser construído sobre a base do respeito, do compromisso, da amizade e da união para a vida inteira. Se o castelo do amor for construído sobre aspectos superficiais, facilmente cairá.
E quando o castelo do amor cai, com ele caem todos os que o habitavam, especialmente os filhos, parte fundamental do amor verdadeiro entre marido e mulher. Os filhos sofrem e são afetados significativamente, já que, além de observar discussões, desavenças, indiferenças e muitas vezes violência, vivem o conflito tão profundamente, que também acabam sendo muito afetados.
Além disso, os papeis de pai e mãe são a base e o exemplo na construção do seu próprio conto de príncipes e princesas, do amor, da união, do esforço e do sacrifício. Que concepção de amor os filhos terão quando forem adultos? O que vão querer para sua vida conjugal? Que aspectos os filhos imitarão dos seus pais em seus relacionamentos futuros?
Cada pessoa vive sua própria história de amor. É muito recomendável recordá-la de vez em quando. Certamente, esta primeira sensação que considerávamos já perdida pode voltar a estar presente em nossa vida.
Começar a recopilar os aspectos positivos é muito valioso, porque às vezes, com o passar dos anos, acabamos lembrando apenas das dificuldades e dos erros cometidos, mas não dos acertos e, por conseguinte, cultivamos ressentimentos, nostalgias, tristezas, que vão corroendo nosso interior e impedindo-nos de viver com a certeza de poder alcançar a felicidade.
Fonte: Aleteia.org

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Oração a Nossa Senhora do Sorriso

Que no teu sorriso, Maria, eu veja o coração de Deus 
que corre com pressa para me abraçar

Maria, dá-me o teu sorriso...

Que no teu sorriso eu veja o coração de Deus
que corre com pressa para me abraçar.
Que no teu sorriso eu entenda que Deus é sempre maior
que tudo o que é e será em mim só cinza.

Que no teu sorriso eu sinta o perdão de Deus
a tudo o que já lhe confessei, mas ainda me martiriza.
Que no teu sorriso eu possa ver o sorriso de Deus,
que inunde minha alma e suavize minha dureza.

Que no teu sorriso eu aprenda a bondade de Deus,
que me devolve bem por mal e dissolve minha malícia.
Que no teu sorriso eu possa agradecer ao Pai,
que me amou primeiro e não deixa de me amar.

Que no teu sorriso, Maria,
eu veja que é glória de Deus
que minha alma tenha vida
e meu rosto, um sorriso.
Amém.

Quando minha esposa teve Alzheimer, descobri o melhor do meu casamento


Chegou um momento em que ela não sabia quem era eu, mas o importante era que eu sabia quem era ela

Foram mais de 50 anos juntos, considero-me afortunado e me lembrarei dela enquanto eu viver. Entre muitas coisas, sentirei falta das suas exigências para que eu fosse uma pessoa melhor, pois ela sempre teve expectativas muito superiores às que eu tinha sobre mim mesmo. Isso sem falar do seu esforço pela sua própria superação.

 Estas exigências já me fizeram reclamar muito, mas hoje sinto falta delas, preciso delas.
 Meus filhos sentem pena de mim e me visitam frequentemente, passam fins de semana comigo ou eu passo na casa deles. Às vezes, eu os pego olhando-me com ternura e posso adivinhar seus pensamentos: “Pobre papai! Vai sentir muita falta dela!”.

 Já os ouvi recebendo condolências dos seus amigos, em diálogos com benevolentes comentários sobre o que eles consideravam como uma descrição belíssima do nosso amor: quanto tempo estivemos juntos; como parecíamos felizes convivendo; como nos comunicávamos bem; como compartilhávamos interesses e tantas outras coisas.

 Sim, todos esses comentários refletem uma realidade, mas só uma parte dela. Não a mais profunda e total realidade do nosso amor, que estava muito acima de tudo isso. Descobri isso no final do caminho, no processo da sua doença.

 Minha esposa sofreu de Alzheimer. Chegou um momento em que ela não sabia quem era eu, mas o importante era que eu sabia quem era ela. Tive o dom de poder ver sua parte angelical por trás do seu rosto inexpressivo.

 Assim, podia evocar seu intenso sorriso, a agudeza das suas intuições ao me compreender e atender, suas broncas amorosas, sua alegria de viver, sua exigência por sermos melhores.

 Ela era como uma pequena ave nas minhas mãos; não podia me oferecer uma companhia dialogante, nem ajuda nas circunstâncias da minha vida. Muito alheia às suas possibilidades, restava a menor das minhas necessidades, que ela costumava atender assim que a percebia enquanto tinha pleno uso de suas faculdades. Esta nova fase era, para mim, a oportunidade de fazer o sacrifício por amor, de ser abnegado.

 Eu a atendia pessoalmente da melhor maneira possível, e todo o meu ser era para ela. Todo o meu ser para ela! Foi assim que pude compreender uma dimensão do amor conjugal que sempre havia estado presente e que ela com certeza já conhecia. Uma dimensão que iluminava com raios de sol nossa relação, tornando-a mais íntima que nunca. Uma dimensão na qual havíamos construído e reconstruído nosso amor cada dia.

 Assim, todas as manhãs, eu enfeitava o quarto com os crisântemos de que ela tanto gostava, lia poemas de amor compostos por mim, cantava para ela, fazia cafuné, dançava e lhe contava histórias. Com lições bem aprendidas, eu a amava com um amor que me fazia ser melhor, até o último instante, em que Deus a levou.

 Entendo que os casais jovens conhecem pouco do amor nesta dimensão. Esta é uma disciplina que terão de cursar, pois o casamento é uma relação de perfeição recíproca dos cônjuges em todos os âmbitos da vida, do mundo cotidiano ao mundo da intimidade mais estrita.

 É assim que vai se dando o desvelamento da realidade pessoal de cada um, um desvelamento que permite a correção dos defeitos e o desenvolvimento das virtudes, contando com a ajuda e o apoio amoroso do cônjuge.
 Por isso, são um bem um para o outro.

 Minhas foi e será o maior bem da minha vida, vindo das mãos de Deus, e sou imensamente grato por isso.

Fonte: Alateia.com