quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Perdoar não é esquecer


Precisamos aprender a perdoar, mas esquecer a ofensa não é imprescindível

Somos terra sagrada. Mas muitas vezes experimentamos nossa incapacidade para reconciliar-nos, para estar em paz com os outros, com Deus, conosco mesmos. Queremos um coração de criança, um coração limpo, renovado, enamorado.
É um tempo para pedir perdão e para perdoar, para estar em paz com Deus, para perdoarmos a nós mesmos pelas nossas quedas. É um tempo de graça que estamos vivendo. O céu se abre. Chove misericórdia de Deus.
Alguns dizem que não há verdadeiro perdão se não houver esquecimento das ofensas; que é impossível perdoar de verdade quando continuamente voltamos à ferida e alimentamos o rancor; que só esquecendo a ofensa é possível recomeçar.
Mas todos nós sabemos que há lembranças que não se apagam jamais, experiências que ficam gravadas na alma para sempre. A memória guardada no coração nos faz reviver tudo o que acreditávamos já ter esquecido.
Por isso, é necessário diferenciar perdão de esquecimento. Muitas vezes, eles não caminham juntos. Perdoar sempre nos cura. Na verdade, é a única coisa que cura o coração. Perdoar e ser perdoados.
Perdoar é uma graça de Deus, porque humanamente é muito difícil conseguir isso. Quantas vezes nos confessamos incapazes de perdoar quem nos ofendeu! Com quanta frequência percebemos a existência de alguns rancores enterrados na alma, que tiram nossa paz e alegria!
O perdão nos faz levantar-nos e empreender um novo caminho. Reconcilia-nos com a vida, com o mundo, conosco mesmos. Ele nos dá luz, alivia a carga.
O passar dos anos nos deixa feridas na alma. Há ofensas não perdoadas no coração. Precisamos pedir a graça do perdão. Ganha mais quem perdoa que quem é perdoado. Porque, ao perdoar, ficamos mais leves, mais livres. O perdão cura. Perdoar é uma graça de Deus.
Há sentimentos que nos impedem de perdoar. O orgulho, o pensar que temos a razão, o considerar-nos mais importantes do que somos, o fato de exagerar o tamanho da ofensa.
Sentimos que, se perdoarmos, não estaremos dando valor ao que aconteceu. Achamos que somos melhores que os que nos ofenderam, e perdoar nos faz voltar a colocar-nos à sua altura. Por isso, queremos que o outro se humilhe, aprenda uma lição, mude, não volte a ofender.
O perdão está condicionado a uma mudança de atitude de quem perdoa. Perdoamos se o outro se humilha. Perdoamos se o outro compensa o dano causado. Perdoamos se o outro reconhece sua culpa e se torna pequeno. Perdoamos se o outro se compromete a não voltar a fazer a mesma coisa.
Não é fácil perdoar incondicionalmente. Quando colocamos condições para perdoar, pode ser que nunca cheguemos a perdoar totalmente. Sempre resta um resquício para que o rancor entre. Uma porta aberta à amargura, à rejeição.
O perdão é fundamental para viver com paz, para semear alegria, para abrir janelas de luz. O perdão aos outros e a nós mesmos.
Quais são os rancores que você carrega no coração? Neste momento de graça, o que você quer perdoar? Qual é o nome do seu perdão?
Não acho que o esquecimento seja algo tão simples. Na verdade, penso que ele quase nunca é possível. Aquelas feridas do coração, os rancores que nos pesam, são experiências não esquecidas. Como esquecer aquilo que nos marcou para sempre? É realmente muito difícil. Faz parte da nossa história de amor. É como esquecer algo que nos constitui. É parte da nossa própria identidade.
Quando esquecemos, costuma ser porque a ferida foi superficial e a ofensa não foi tão grande. São experiências negativas que ficaram perdidas no passado e não lhes demos muita importância.
A memória é nossa bagagem de mão, sempre vai conosco. E nos serve para enfrentar a vida, para aprender do passado, para conhecer nossa história e agradecer, oferecer o que Deus nos deu. A memória nos ajuda a ir além dos preconceitos que a dor constrói. Precisamos perdoar. Mas esquecer não é imprescindível.
Lembro das feridas da minha vida. Algumas sangram às vezes. São parte do meu caminho. Lembro o dia, o momento. Se começo a recordar, chega a doer. Perdoei, mas continua doendo. Não esqueço do que aconteceu. Mas isso não é tão necessário. Além disso, não é algo que controlo. Por mais que eu queria formatar minha memória, não consigo.
Então, se não posso esquecer, o que posso fazer é que essas lembranças não determinem minha forma de tratar quem me ofendeu. Não posso fechá-lo em sua falta e pensar que sempre vai fazer a mesma coisa. Não posso condicionar minha atitude diante dele, meu carinho ou minha rejeição.
Não posso tratá-lo com certo desprezo ou distância. Não posso desconfiar eternamente das suas intenções e pensar que não vai mudar. Não posso julgá-lo e afastar-me da sua presença. Não posso desejar que ele sofra o que eu mesmo sofri. Preciso construir sobre essa rocha, sobre a minha história.
Não posso fazer a lembrança desaparecer. Mas posso decidir como agir, como tratar quem deus coloca em meu caminho novamente, como vou confiar nele, ainda que já tenha me falhado. Não é fácil, mas é o caminho da paz e da unidade.
Quantas divisões se tornam profundas porque não sabemos recomeçar! Quantas vezes a unidade não é possível porque nos falta humildade para perdoar! Falta coragem para tratar o outro como se nada tivesse acontecido, sem recordar-lhe continuamente o que ele fez, sem jogar na cara suas misérias.
Há pontos da nossa história que são difíceis. Feridas que não acabamos de aceitar. Coloquemos tudo nas mãos de Deus e de Maria. Não se pode esquecer, mas é possível recomeçar.

Padre Carlos Padilla (Retirado Aleteia – 04/12/2014)

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Sínodo dos Bispos 2014 no Vaticano

Sínodo dos Bispos


A Beleza da Família
No período de 5 a 19 de Outubro participarão na Assembléia geral extraordinária do Sínodo dos bispos sobre os desafios pastorais da família no contexto da evangelização. A finalidade do encontro é propor ao mundo de hoje a beleza e os valores da família, que sobressaem do anúncio de Jesus Cristo que afasta o medo e sustém a esperança. (L’Osservatore Romano)


O Sínodo é presidido por Sua Santidade o Papa Francisco, pedimos a todos os Equipistas de nosso Setor que nesses em suas Orações dediquem especial atenção par tão importante Encontro da Santa Mãe Igreja.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A coragem de se casar

A missão dos esposos é a entrega a uma pessoa concreta durante a vida inteira


O Papa Francisco preside pela primeira vez a celebração de 20 matrimônios em Roma. A importância que o Santo Padre está dando à família em sua missão pastoral é inegável. Não é por acaso que teremos em breve duas reuniões Sinodais sobre a família. Francisco atua em perfeita continuidade com os Papas João Paulo II e Bento XVI, que também deram prioridade pastoral ao casamento e à família.

Além de ser igreja doméstica e célula da sociedade, na família se concentram outras grandes opções da Igreja: a opção pela defesa da dignidade humana (que se aprende, realiza e protege na família), a opção pelos pobres (pois os pobres são em, desde, por e para a família) e a opção pela evangelização (a família é, ao mesmo tempo, realidade evangelizada e evangelizadora).

Como em tantos outros temas, o Papa Francisco, também sobre o casamento e a família, oferece uma novidade particular em sua forma suave, rotunda e simples de falar, por exemplo, no que disse aos novos cônjuges que participaram de uma das suas mais recentes audiências: que “é preciso ter coragem para se casar hoje” e, mais direto ainda, dirigindo-se a todos eles, ao exclamar: “Vocês são corajosos!”.

Que o Papa chame publicamente uma pessoa de “corajosa” já é uma novidade, mas que, além disso, elogie assim um grupo de 9 casais, é mais surpreendente ainda. Hoje, o casamento não é uma realidade socialmente valorizada e reconhecida. Os cônjuges já não se apresentam como “Este é o meu marido”, “Esta é a minha esposa”, mas dizem apenas: “Este é o meu parceiro(a)”.

Sempre se falou da coragem, por exemplo, dos missionários. E, sem dúvida, cada vez se requer mais coragem para ir a uma missão, ainda que já não precisem mais se despedir definitivamente de suas famílias, porque, neste mundo globalizado, é mais fácil viajar.

Mas, querendo interpretar a expressão do Papa, não acho que seja menor a coragem dos esposos: os missionários se entregam à sua missão da Igreja durante a vida inteira, mas essa missão tem milhões de destinatários, milhões de rostos.

Neste sentido, a missão dos esposos é de uma exigência ainda maior: ela supõe a entrega, durante a vida inteira, a uma pessoa concreta e, com ela, aos filhos, fruto e continuidade dessa mesma entrega.

Fonte: Alateia.com

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Novos Casais no Setor Castanhal - Equipe 16

"Casa iluminada mesa preparada com paz e amor"

Diz o Guia das ENS. “A razão de ser das Equipas de Nossa Senhora é ajudar os casais a descobrir as riquezas do sacramento do Matrimônio e a viver uma espiritualidade conjugal. Através do seu exemplo, os casais das Equipas de Nossa Senhora querem ser um testemunho do casamento cristão na Igreja e no mundo” Estes novos irmãos Equipistas disseram sim ao movimento por acreditarem nesta razão de ser das Equipes de Nossa Senhora. Uma Equipe é mais do que uma comunidade humana, ela se reúne em nome de Cristo, para a santificação dos Casais, sejam bem vindos irmãos "Porta sempre aberta, Pai amigo aguardando acolhedor" Equipe 16 Nossa Senhora de Nazaré.

Nayara e Jeferson

Edilene e Francisco

Nazaré e Marcos

Priscila e Rodrigo

 
Darcilene e Da Hora

Rafaela e Jean

Sabia que a Bíblia lhe diz como amar sua esposa?

Você tem uma companheira para a vida inteira, que bênção! Agradeça a Deus e reze por ela diariamente.


Pense em quão solitário você ficaria sem ela. Adão ficou sozinho e não foi bom para ele, então Deus lhe deu uma esposa. Você tem uma companheira para a vida inteira, que bênção! Agradeça a Deus e reze por ela diariamente.

Os esposos têm a responsabilidade de amar e honrar suas esposas. Você gostaria de ser um esposo que ama sua esposa assim como Cristo ama a Igreja? Então siga estes conselhos da Bíblia:

1. Ame sua esposa como Cristo amou a Igreja (Efésios 5, 25)

O amor de Jesus pela Igreja é ilimitado, nada o detém. Ele deu sua vida pela Igreja. Sob a autoridade de Deus, ame sua esposa como se você desse sua vida a Deus.

2. Ame sua esposa da mesma maneira como você ama sua vida (Efésios 5, 28-33)

Cuide das necessidades e do bem-estar da sua esposa. Sinta sua dor e doença, alegre-se com sua saúde como se fosse sua própria vida. As necessidades espirituais, físicas, emocionais e econômicas dela devem merecer seu esforço absoluto. Só dessa maneira você poderá amá-la e provê-la, assim como você faz com sua própria pessoa.

3. Seja compreensivo (1 Pedro 3, 7)

Para ser compreensivo, é preciso renunciar a si mesmo. Quando ela precisar carregar coisas pesadas, ajude-a! Se precisar de tempo, proporcione-o! Auxilie sua esposa com toda a sua energia; mostre-lhe seu amor com toda consideração. Reze e peça a Deus a graça de ver em que momentos você poderia ser mais compreensivo, e melhore seu comportamento.

4. Não seja áspero com sua esposa (Colossenses 3, 19)

Quando uma esposa é sensível, as respostas ásperas, sua raiva, os tons de voz de irritação e impaciência a afetarão profundamente. Dirija-se a ela sempre com amabilidade e respeito. Lembre-se de que sua esposa é um presente precioso que Deus lhe deu.

5. Honre seu casamento, mantendo-o puro (Hebreus 13, 4)

Jesus nos recorda que os olhares maliciosos são adultério (Mateus 5, 28). Mantenha seu casamento puro, treinando seu coração e seus olhos para que sejam fiéis à sua esposa. Seu matrimônio colherá grandes frutos! Agradeça ao Senhor pela beleza e valorize-a, mas mantenha seus olhos, mente e coração em sua esposa.

6. Não se deixe seduzir por outras mulheres (Provérbios 5, 20)

Cuidado para não deteriorar a visão que você tem da sua esposa, pois, assim você estará menos satisfeito com ela e ela se sentirá menos especial para você. Nenhum homem pode criar o hábito de ficar olhando para outras mulheres sem que sua esposa perceba. Peça a Deus a graça de sempre achar sua esposa atraente e ter olhos somente para ela.

7. Elogie sua esposa (Provérbios 31, 28-29)

Diga-lhe quão especial ela é e que é melhor que qualquer outra mulher no mundo. Não mencione apenas sua beleza física, mas tudo o que você valoriza nela como mulher. Ela precisa desses elogios e espera ouvi-los de você.

8. Seja agradecido pela sua esposa (Provérbios 18, 22)

Pense em quão solitário você ficaria sem ela. Adão ficou sozinho e não foi bom para ele, então Deus lhe deu uma esposa. Você tem uma companheira para a vida inteira, que bênção! Agradeça a Deus e reze por ela diariamente.

9. Seja um só carne com sua esposa, em todos os sentidos (Mateus 19, 5)

Curta a vida ao lado dela. Procure chegar cedo em casa para estar com ela. Pense nela durante o dia, telefone para ela com frequência. Aprendam a chegar a acordos como casal. Invistam seu tempo em conversar e compartilhar todos os eventos do dia. Mostre um interesse genuíno, escutando atentamente, prestando total atenção e olhando para ela.

10. Honre sua esposa, como herdeira do dom da graça (1 Pedro 3, 7)

No sacramento do matrimônio, você e sua esposa receberam a mesma graça: cultive-a! Ore com ela, participem juntos da Missa, visitem o Santíssimo Sacramento, rezem o terço. Construam seu casamento alicerçados em Jesus e ao amparo de Maria.

(Artigo publicado originalmente por SIAME)

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Novos casais do Setor Castanhal - Equipe 16 "Nossa Senhora de Nazaré"

Nayara e Jeferson

Edilene e Francisco

Nazaré e Marcos

Priscila e Rodrigo

 
Darcilene e Da Hora

Rafaela e Jean

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Missa Mensal Sábado 26 de Julho de 2014

A Eucaristia nos faz Igreja comunidade de amor.

"Venham todos para a Ceia do Senhor"  e juntos agradecer a Jesus todas as graças que ele tem feito por nós. Nesse sentido o Setor Castanhal, se alegra em animar todos os Casais, parentes e amigos, a estarem presentes na Missa Mensal neste Sábado na Catedral Santa Maria Mãe de Deus. "Vem do alto por Maria este pão que vai nos dar".

terça-feira, 1 de julho de 2014

Santa Missa em memória

 
Queridos irmãos Equipistas Paz e bem!

Irmãos, que esta mensagem chegue a todos.
Informamos a todos que a Santa Missa em memória pelo primeiro mês de falecimento da querida Lúcia do Paulo da Equipe 05, será realizada hoje às 18:30 na Cripta da Catedral Santa Maria Mãe de Deus. Gostaríamos que todos aqueles irmãos Equipistas que puderem unir-se ao Paulo, seus familiares e sua Equipe de base, que estejam presentes a esse ato de Fé e piedade Cristã. Aos que puderem participar pedimos que estejam com a blusa verde do movimento. Seguiremos em frente, confiantes sempre na bondade de nosso Deus e firmes na fé por meio de suas palavras que nos dizem: "Mas as almas dos justos estão nas mãos do Senhor" Sb, 3,1.

Equipe do Setor Castanhal

segunda-feira, 16 de junho de 2014

O Papa revolucionário

“Para mim, a grande revolução é ir às raízes, reconhecê-las e ver o que têm a dizer no dia a dia”, Papa Francisco



©MASSIMILIANO MIGLIORATO/CPP
13.06.2014 // IMPRIMIR
“Era um tipo bom, fez o que pode, não foi tão ruim”, assim o Papa Francisco respondeu a última pergunta: “Como gostaria de ser lembrado?”, feita em uma longa entrevista do jornal espanhol La Vanguardia.

Durante a entrevista o Papa revelou: “os cristãos perseguidos são um problema que me toca como pastor”. Disse que estava convencido de que “a perseguição aos cristãos hoje é mais forte que nos primeiros séculos da Igreja. Não é uma fantasia, os números comprovam”.

O jornalista que entrevistou o Papa ressaltou a oração pela paz realizada no último dia 8 de junho, no Vaticano. “Não foi uma atitude política, mas religiosa: a abertura de uma janela para o mundo”, disse Francisco. E quando fala da violência em nome de Deus ressalta: “É uma contradição que também nós cristãos às vezes temos praticado”, e prossegue: “as três religiões monoteístas têm no seu interior grupos fundamentalistas, mesmo sendo pequenos. A mentalidade do fundamentalismo é violência em nome de Deus”.

Algumas pessoas dizem que o Papa é um revolucionário, comenta o jornalista do jornal espanhol. “Para mim, a grande revolução é ir às raízes, reconhecê-las e ver o que têm a dizer no dia a dia”, respondeu o Papa.

A pobreza e a humildade na Igreja. Quando toca nesse assunto, instigando por que, para o Papa, isso é importante, ele responde: “A pobreza e a humildade são o coração do Evangelho. Não se pode compreender o Evangelho sem a pobreza, que deve ser distinguida da miséria. Creio que Jesus queria que os seus bispos fossem servidores. Quando vejo imagens de crianças desnutridas em várias partes do mundo, penso que não estamos em um bom sistema econômico global. É demonstrado que com os avanços podemos nutrir as pessoas que sofrem de fome. No coração de cada sistema econômico deve estar o ser humano. Mas pelo contrário, colocaram o dinheiro ao centro de tudo. Caíram no pecado da idolatria, da idolatria do dinheiro. A economia se move com o desejo de ter sempre mais e, para conseguir, gerou a cultura do desperdício”.

Se o assunto muda para a famosa renúncia de Bento XVI: “Fez um grande gesto. Abriu uma porta, criou uma instituição”, disse Francisco. O jornalista do jornal espanhol comentou que hoje em dia se vive mais, muitas vezes de chegar a uma idade onde não conseguimos mais ir adiante nos afazeres como queremos. “Peço ao Senhor que me ilumine quando chegar para mim este momento”, respondeu o Papa.

A entrevista foi encerrada falando da Copa do Mundo. “Sei que não posso perguntar para quem o senhor vai torcer”, disse o jornalista. “Os brasileiros me pediram neutralidade (sorriu), cumpro minhas palavras porque Brasil e Argentina sempre foram equipes antagônicas”, respondeu o Papa. 
Para finalizar, uma pergunta: Como gostaria de ser lembrado na história?

“Não pensei, mas gosto quando uma pessoa recorda de alguém e diz ‘era um tipo bom, fez o que pode, não foi tão ruim’, com isso me conformo.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Homilia na Casa Santa Marta: Jesus nos pede para entrar em acordo para acabar com os ódios

 
 
Na homilia desta quinta-feira, o Santo Padre recorda as indicações de 
Jesus para o amor fraterno Por Redação
CIDADE DO VATICANO, 12 de Junho de 2014 (Zenit.org) - Jesus nos ensina três critérios para superar os conflitos entre nós: realismo, coerência e filiação. Foi o que o papa Francisco explicou na missa desta manhã na Casa Santa Marta, numa homilia focada no amor fraterno que Jesus ensinou aos seus discípulos.
"Como deve ser o amor entre nós, segundo Jesus?". Esta pergunta serviu de guia na homilia de hoje. Jesus, observou o papa, nos diz que devemos amar o próximo, mas não como os fariseus, que não eram coerentes e que "matizavam demais as ideias, porque eram ideólogos". Francisco indicou que a atitude dos fariseus "não era de amor", mas de "indiferença pelo próximo". E explicou, então, os três critérios que Jesus nos deu.
"Primeiro, um critério de realismo: de sadio realismo. Se você tem algo contra alguém e não consegue solucionar isso definitivamente, tente alguma solução; é necessário, pelo menos, fazer um acordo com o adversário. Não é o ideal, mas o acordo é uma coisa boa. É realismo", afirmou.
A este propósito, o pontífice indicou que também há quem pense que "o esforço de fazer um acordo" é "vulgar demais". Para salvar muitas cosas, "precisamos chegar a um acordo. Um dá um passo, o outro dá outro e pelo menos há paz: uma paz muito provisória, mas é a paz do acordo", reiterou o papa. Jesus "também fala disto. Da capacidade de fazer acordos entre nós e superar a justiça dos fariseus, dos doutores da lei, daquela gente". Há muitas situações humanas a resolver e, "enquanto estamos caminhando, fazemos um acordo", para assim "parar o ódio e a luta entre nós".
O segundo critério indicado pelo papa é "o critério da verdade". A este respeito, o Santo Padre advertiu que "falar mal do outro é matar, porque a raiz dessas atitudes é o mesmo ódio". "Você mata de outra maneira: com as fofocas, com as calúnias, com a difamação".
"Hoje pensamos que não matar o irmão significa não assassiná-lo, mas não é só isso: não matar é também não insultar. O insulto nasce da mesma raiz do crime: o ódio. Se você não tem ódio, não vai matar o seu inimigo, nem insultar o seu irmão. Mas insultar é um costume muito comum entre nós. Existe gente que, para expressar o seu ódio contra outra pessoa, tem uma capacidade de fazer germinar as ‘flores dos insultos’. Impressionante, mesmo! E isso faz mal. Gritar. Insultar... Não, sejamos realistas. Com o critério do realismo, o critério da coerência. Não matar, não insultar".
O terceiro e último critério mencionado pelo bispo de Roma na homilia de hoje é o "da filiação".
"Se nós não devemos matar o irmão é porque ele é irmão, ou seja, porque temos o mesmo Pai. Eu não posso ir até o Pai se não estou em paz com o meu irmão", disse Francisco. "Pelo menos [posso fazer] um acordo" com meu irmão.
Para encerrar, o pontífice reiterou: "Não falar com o Pai sem estar em paz com o irmão. Três critérios: um critério de realismo, um critério de coerência, ou seja, não matar nem insultar, porque quem insulta mata, assassina; e um critério de filiação: não podemos falar com o Pai se não podemos falar com o irmão. E isto é superar a justiça dos escribas e dos fariseus. Este planejamento não é fácil, não é? Mas é caminhando que Jesus nos mostra como seguir em frente".
Francisco nos fez o convite, ao finalizar a homilia, para pedir a nosso Senhor a graça de seguir adiante em paz entre nós, mesmo que seja “mediante acordos”, mas sempre com coerência e com espírito de filiação.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

NOVENA AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

 
NOVENA AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Oração Preparatória para todos os dias

Oh! Coração diviníssimo de meu amado Jesus, em quem a Santíssima Trindade depositou tesouros imensos de celestiais graças!
Concedei-me um coração semelhante a Vós mesmo, e a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, vosso sagrado culto e bem de minha alma. Amém
Rezar a oração do dia que corresponda.

Primeiro Dia
Oração:
Oh! Coração Sacratíssimo e poderoso de Jesus, que, com fervorosissimos desejos e ardentíssimos amor, desejais corrigir e desterrar a secura e fraqueza de nossos corações!
Inflamai e consume as maldades e imperfeições do meu, para que se abrase em vosso amor; Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra Vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias em reverência as três insígnias da Paixão com que se mostrou o Sagrado Coração a Santa Margarida de Alacoque e as orações finais.

Segundo Dia
Oração:
Oh! Coração amabilíssimo de Jesus, celestial porta por onde nós chegamos a Deus e Deus vem a nós!
Dignai-vos estar atento a nossos desejos e amorosos suspiros, para que, entrando por vos na casa de vosso Eterno Pai, recebamos suas celestiais benções e copiosas graças para amar-vos.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Terceiro Dia
Oração:
Oh! Coração Santíssimo de Jesus, caminho para a mansão eterna e fonte de águas vivas! Concedei-me que siga vossas sendas retíssimas para a perfeição e para o céu, e que beba de vós a água doce e saudável da verdadeira virtude e devoção, que apaga a sede de todas as coisas temporais.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Quarto Dia
Oração:
Oh! Coração puríssimo de Jesus, espelho cristalino em quem resplandece toda a perfeição!
Concedei-me que eu possa contemplar-vos perfeitamente, para que aspire a formar em meu coração a vossa semelhança, na oração, na ação e em todos os meus pensamentos, palavras e obras.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Quinto Dia
Oração:
Oh! Coração dulcíssimo de Jesus, parte da Trindade venerada, por quem se tornam perfeitas todas as nossas obras!
Eu vos ofereço as minhas, ainda que tão imperfeitas, para que suprindo vós a minha negligência, possam parecer muito perfeitas e agradáveis ante o divino acatamento.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Sexto Dia
Oração:
Oh! Coração amplíssimo de Jesus, templo sagrado onde me mandais que habite com toda minha alma, potencias e sentidos!
Graças vos dou pela inexplicável quietude. Sossego e alegria que eu tenho achado neste templo maravilhosos da paz, onde descansarei eternamente.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Sétimo Dia
Oração:
Oh! Coração clementíssimo de Jesus!, divino propiciatório, pelo qual ofereceu o Eterno Pai que ouviria sempre nossas orações, dizendo: "Peça-me pelo Coração de meu amantíssimo Filho Jesus; por este Coração te ouvirei, e alcançarás quanto me peças".
Apresento através de Vós a vosso Eterno Pai todos os meus pedidos, para conseguir o fruto que desejo.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.
Oitavo Dia
Oração:
Oh! Coração amantíssimo de Jesus, trono ígneo e lucidíssimo, inflamado no amor dos homens, a quem desejais abrasados mutuamente em vosso amor!
Eu desejo viver sempre respirando chamas de amor divino em que me abrase, e com que acenda a todo o mundo, para que nós correspondamos a vós amorosos e obsequiosos.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Nono Dia
Oração:
Oh! Coração dolorosíssimo de Jesus, que para abrandar nossa dureza e fazer mais patente o amor com que padecestes tantas dores e penas para salvar-nos, vós quisestes nos mostrar a cruz, a coroa de espinhos e ferida da lança, com que vos manifestastes paciente e amante ao mesmo tempo!
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma. Amém
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Orações Finais
Ao Pai eterno.
Oh! Pai Eterno! Por meio do Coração de Jesus, minha vida, minha verdade e meu caminho, chego a vossa Majestade; por meio deste adorável Coração, vos adoro por todos os homens que não vos adoram; vos amo por todos os que não vos amam; vos conheço por todos os que, voluntariamente cegos, não querem conhecer-vos.
Por este diviníssimo Coração desejo satisfazer a vossa Majestade por todas as obrigações que vos tem todos os homens; vos ofereço todas as almas redimidas com o precioso sangue de vosso divino Filho, e vos peço humildemente a conversão de todas pelo o mesmo suavíssimo Coração.
Não permitais que seja por mais tempo ignorado por elas o meu amado Jesus; fazei que vivam por Jesus, que morreu por todas elas.
Apresento também a vossa Majestade, por este Santíssimo Coração, vossos servos, meus amigos, e vos peço que concedeis seu Espírito Santo, para que, sendo seu protetor o mesmo Santíssimo Coração, mereçam estar convosco eternamente. Amém.
Fazer aqui o pedido que se deseja obter com esta novena

Oração:
Oh! Coração diviníssimo de Jesus, digníssimo da adoração dos homens e dos anjos!
Oh! Coração inefável e verdadeiramente amável, digno de ser adorado com infinitas glórias, por ser fonte de todos os bens, por ser origem de todas as virtudes, por ser o objeto em quem mais se agrada toda a Santíssima Trindade entre todas as criaturas!
Oh! Coração dulcíssimo de Jesus! eu profundíssimamente vos adoro com todas as forças de meu pobre coração, eu vos adoro, eu vos ofereço as adorações todas dos mais amantes serafins e de toda vossa corte celestial e todas as que vos pode dar o Coração de vossa Mãe Santíssima. Amém.

Fonte: Derradeiras Gracas

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Preparação para Pentecostes

 Novena para pedir os sete dons e dos doze frutos do divino Espírito Santo
 
Oração Inicial
(Sequência da Missa de Pentecostes)
Vinde, ó Espírito Santo, e enviai do Céu um raio de vossa luz.
Vinde, Pai dos pobres, vinde, dispensador dos dons, vinde, luz dos corações.
Consolador por excelência, doce hóspede da alma, nosso doce refrigério. No trabalho sois repouso; no ardor sois calma: no pranto, consolo.
Ó luz beatíssima, penetrai até o fundo do coração dos que Vos são fiéis. Sem vossa graça, nada há no homem, nada que não lhe seja nocivo. Lavai o que é impuro, fecundai o que é estéril, ao que está ferido, curai.  Dobrai o que é rígido, aquecei o que é frio, e o que se extraviou, guiai. Dai aos que Vos são fiéis, e em Vós confiam, os sete dons sagrados. Dai-lhes o mérito da virtude, a salvação no termo da vida, a eterna felicidade. Amém.
Orações para pedir os sete dons e os doze frutos do Divino Espírito Santo
(Santo Afonso Maria de Ligório) 

1° Dia: Os sete dons do Espírito Santo
Vinde, Espírito Santo, visitai-me e enchei o meu coração, que vós criastes, com a vossa graça divina. Vinde e repousai sobre mim, Espírito de sabedoria e entendimento, Espírito de conselho e fortaleza, Espírito de ciência, de piedade e de temor de Deus.
Vinde Espírito Divino, ficai comigo e derramai sobre mim a vossa divina benção.
Vinde, Espirito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a Face da terra.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai.

2° Dia: O dom da sabedoria
Espírito Santo, concedei-me o dom da sabedoria, a fim de que eu, cada vez mais, goste das coisas divinas e, abrasado no fogo de vosso amor, prefira com alegria as coisas do céu a tudo que é mundano e me una para sempre a Jesus, sofrendo tudo neste mundo por seu amor. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai.

3° Dia: O dom do entendimento
Espírito Santo, concedei-me o dom do entendimento, para que eu, iluminado pela luz celeste de vossa graça, bem entenda as sublimes verdades da salvação, a doutrina da santa religião católica.
Vinde. Espirito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espirito c tudo será criado e renovareis a face da terra.
Pai Nosso, Ave Maria e "Glória ao Pai.

4° Dia: O dom do conselho
Espirito Santo, concedei-me o dom do conselho, tão necessário em tantos passos difíceis e melindrosos da vida, para que eu escolha o que mais vos agrade, siga em tudo a vossa divina graça e com bons e carinhosos conselhos socorra ao próximo.
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai.

5° Dia: O dom da fortaleza
Espírito Santo, concedei-me o dom da fortaleza, para que eu despreze todo o respeito humano, fuja do pecado, pratique a virtude com santo fervor e aceite com paciência, e mesmo com alegria de espírito, os desprezos, prejuízos, perseguições e a própria morte antes que renegar por palavras e por obras o meu amabilíssimo Senhor Jesus Cristo.
Vinde, Espirito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai.

6° Dia: O dom de ciência
Espírito Santo, concedei-me o dom da ciência, para que eu conheça cada vez mais as minhas próprias misérias e fraquezas, a beleza da virtude e o valor inestimável da alma; e para sempre veja claramente as ciladas do demônio, da carne e do mundo, a fim de poder evitá-las.
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai.

7° Dia: O dom de piedade
Espírito Santo, concedei-me o dom da piedade, que me tomara delicioso o trato e a conversa convosco na oração e me fará amar a Deus com intimo amor, como a meu Pai, a Maria Santíssima como a minha Mãe e a todos os homens como a meus irmãos em Jesus Cristo. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis s e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai.

8° Dia: O dom do temor de Deus
Espírito Santo, concedei-me o dom do temor de Deus, para que eu sempre me lembre, com suma reverência e profundo respeito, da vossa divina presença; trema, como os próprios anjos, diante de vossa divina majestade, e nada receie tanto como desagradar aos vossos santos olhos.
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai O vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai.

9° Dia: Os doze frutos do Espírito Santo
Espirito Santo, amor eterno do Pai e do Filho, dignai-vos conceder-me os vossos doze frutos: o fruto da caridade, que me una inteiramente convosco pelo amor; fruto da alegria, que me encha de santa consolação; o fruto da paz, que produza em mim a tranquilidade da alma: o fruto da paciência, que me faça aceitar tudo por amor de Jesus e Maria; o fruto da benignidade, que me leve a socorrer de boa vontade às necessidades dos que sofrem; o fruto da bondade,  que me torne bem fazejo e clemente com todos; o fruto da longanimidade, que me faça esperar com paciência em qualquer demora; o fruto da brandura, que me faça suportar com toda a mansidão o que o próximo tem do incómodo; o fruto da fé, que me faça crer firmemente na palavra de Deus; o fruto da modéstia, que regule tudo o meu  exterior. Enfim, os frutos da continência e da castidade, que conservem as minhas mãos  inocentes e o meu coração limpo e imaculado.
Espírito Divino, fazei que a minha alma seja para sempre a vossa morada e o meu corpo vosso sagrado templo. Habitai em mim e ficai comigo na terra, para que  eu mereça ver-vos eternamente no Reino da Glória. Amém.
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Pai Nosso. Ave Maria e Glória ao Pai.

Oração Final
(Santo Agostinho)
Ó Divino Amor, ó vinculo sagrado que unis o Pai e o Filho, Espírito onipotente, fiel consolador dos aflitos, penetrai nos abismos profundos de meu coração e fazei aí brilhar vossa resplandecente luz. Derramai vosso doce orvalho sobre esta terra deserta, a fim de fazer cessar sua longa aridez. Enviai os dardos celestes de vosso amor até o santuário de minha alma, de modo que, nela penetrando, acendam chamas ardentes que consumam todas as minhas fraquezas, minhas negligências e meus langores.
Vinde, vinde doce Consolador das almas desoladas, refúgio no perigo e protetor na aflição desamparada.
Vinde, Vós que lavais as almas de suas manchas e que curais suas chagas.
Vinde, força dos fracos, apoio daqueles que caem.
Vinde, doutor dos humildes e vencedor dos orgulhosos.
Vinde, pai dos órfãos, esperança dos pobres, tesouro dos que estão nu indigência.
Vinde, estrela dos navegantes, porto seguro dos náufragos.
Vinde, força dos vivos e salvação dos moribundos.
Vinde, ó Espirito Santo, vinde e tende piedade de mim.
Tornai minha alma simples, dócil e fiel, e condescendei com minha fraqueza. Condescendei, com tanta bondade, que minha pequenez encontre graça diante de vossa grandeza infinita, minha impotência diante de vossa força, minhas ofensas diante da multidão de vossas misericórdias. Amém.

Os sete dons e os doze frutos do Espírito Santo, segundo o Catecismo da Igreja Católica

A vida moral dos cristãos é sustentada pelos dons do Espírito Santo. Estes são disposições permanentes que tornam o homem dócil aos impulsos do Espírito Santo.
Os sete dons do Espirito Santo são: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. Pertencem em plenitude a Cristo, filho de David. Completam e levam à perfeição as virtudes de quem os recebe. Tornam os fiéis dóceis, na obediência pronta às inspirações divinas.
"Que o vosso espirito de bondade me conduza pelo caminho reto" (SI 143. 10). "Todos aqueles que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus [...]; se somos filhos, também somos herdeiros: herdeiros Deus, co-herdeiros de Cristo" (Rm 8, 14.17).
Os frutos do Espírito são perfeições que o Espírito Santo forma em nós, como primícias da  glória eterna. A tradição da Igreja enumera doze: "caridade, paz, paciência, bondade, longanimidade, benignidade, mansidão, modéstia. continência, castidade" (G15, 22-23 segundo a Vulgata). Catecismo da Igreja Católica, 1830a 1832.

terça-feira, 27 de maio de 2014

O Papa Francisco pede na terra santa que nos amemos uns aos outros.


 Respeitemo-nos e amemo-nos uns aos outros como irmãos e irmãs!
Discurso do Santo Padre em visita ao Grã-Mufti de Jerusalém
JERUSALÉM, 26 de Maio de 2014 (Zenit.org) - Excelência, 

Fiéis muçulmanos
Queridos amigos!
Estou grato por poder encontrar-vos neste lugar sagrado. De coração vos agradeço pelo amável convite que me quisestes fazer e, de modo particular, agradeço a Vossa Excelência e ao Presidente do Conselho Supremo Muçulmano.
Seguindo os passos dos meus Antecessores e, em  particular, a luminosa esteira da viagem de Paulo VI há cinquenta anos – a primeira viagem de um Papa à Terra Santa –, desejei ardentemente vir como peregrino visitar os lugares que viram a presença terrena de Jesus Cristo. Mas esta minha peregrinação não seria completa, se não contemplasse também o encontro com as pessoas e as comunidades que vivem nesta Terra e, por isso, sinto-me particularmente feliz por me encontrar convosco, fiéis muçulmanos, irmãos amados.
Neste momento, o meu pensamento volta-se para a figura de Abraão, que viveu como peregrino nestas terras. Embora cada qual a seu modo, muçulmanos, cristãos e judeus reconhecem em Abraão um pai na fé e um grande exemplo a imitar. Ele fez-se peregrino, deixando o seu povo e a própria casa, para empreender aquela aventura espiritual a que Deus o chamava.
Um peregrino é uma pessoa que se faz pobre, que se põe a caminho, propende para uma grande e suspirada meta, vive da esperança duma promessa recebida (cf. Heb 11, 8-19). Esta foi a condição de Abraão, esta deveria ser também a nossa disposição espiritual. Não podemos jamais considerar-nos auto-suficientes, senhores da nossa vida; não podemos limitar-nos a ficar fechados, seguros nas nossas convicções. Diante do mistério de Deus, somos todos pobres, sentimos que devemos estar sempre prontos para sair de nós mesmos, dóceis à chamada que Deus nos dirige, abertos ao futuro que Ele quer construir para nós.
Nesta nossa peregrinação terrena, não estamos sozinhos: cruzamos o caminho de outros fiéis, às vezes partilhamos com eles um pedaço de estrada, outras vezes vivemos juntos uma pausa que nos revigora. Tal é o encontro de hoje, que vivo com particular gratidão: uma aprazível pausa comum, tornada possível pela vossa hospitalidade, naquela peregrinação que é a vida nossa e das nossas comunidades. Vivemos uma comunicação e um intercâmbio fraternos que podem revigorar-nos e dar-nos novas forças para enfrentar os desafios comuns que se nos apresentam pela frente.
Na realidade, não podemos esquecer que a peregrinação de Abraão foi também uma chamada para a justiça: Deus qui-lo testemunha do seu agir e seu imitador. Também nós queremos ser testemunhas do agir de Deus no mundo e por isso, precisamente neste nosso encontro, sentimos ressoar profundamente a chamada para sermos agentes de paz e de justiça, para implorarmos estes dons na oração e para aprendermos do Alto a misericórdia, a magnanimidade, a compaixão.
Amados irmãos, queridos amigos, a partir deste lugar santo, lanço um premente apelo a todas as pessoas e comunidades que se reconhecem em Abraão:
Respeitemo-nos e amemo-nos uns aos outros como irmãos e irmãs!
Aprendamos a compreender a dor do outro!
Ninguém instrumentalize, para a violência, o nome de Deus!
Trabalhemos juntos em prol da justiça e da paz!
Salam!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Audiência de quarta-feira: o papa pede orações pela sua viagem à Terra Santa

Francisco continua a série de catequeses sobre os dons do Espírito Santo e reza pelas inundações na Bósnia e na Sérvia, bem como pelos católicos da China
 
Por Rocio Lancho García
CIDADE DO VATICANO, 21 de Maio de 2014 (Zenit.org) - Na audiência desta quarta-feira, o Santo Padre trouxe à lembrança de todos os participantes a situação da população da Bósnia-Herzegovina e da Sérvia, duramente atingidas por inundações históricas que provocaram a perda de vidas humanas e deixaram numerosos desabrigados e vultosos danos materiais. “Lamentavelmente, a situação se agravou”, disse o papa. “Por isso, eu convido vocês a se unirem à minha oração pelas vítimas e por todas as pessoas que estão sofrendo esta calamidade. Que não falte a esses nossos irmãos a nossa solidariedade e o apoio concreto da comunidade internacional". A seguir, ele rezou uma ave-maria.
O Santo Padre também recordou que o dia 24 de maio é a memória litúrgica da beata Virgem Maria, Ajuda dos Cristãos, venerada com muita devoção no santuário de Sheshan, em Shangai. Por isso, Francisco pediu que todos os fiéis "rezem pelos católicos da China, para que, sob a proteção da Mãe Auxiliadora, eles continuem a crer, esperar e amar, e sejam, em qualquer circunstância, fermento de harmoniosa convivência entre os seus concidadãos".
O papa recordou ainda que, neste sábado, serão proclamados beatos Mario Vergana, sacerdote do PIME, e Isidoro Ngei Ko Lat, fiel leigo e catequista, assassinados em 1950 na Birmânia como vítimas do ódio contra a fé cristã. Sua heroica fidelidade a Cristo, propôs o papa, "seja incentivo e exemplo para os missionários e, especialmente, para os catequistas que realizam uma preciosa e insubstituível obra apostólica nas terras de missão, pela qual toda a Igreja é muito grata".
Francisco lembrou que, também neste sábado, viajará para a Terra Santa, a terra de Jesus. "Será uma viagem estritamente religiosa, primeiro para encontrar o meu irmão Bartolomeu I, na celebração do 50º aniversário do encontro entre Paulo VI e Atenágoras I. Pedro e André se encontrarão mais uma vez e isto é muito bonito. Segundo motivo: rezar pela paz naquela terra que sofre tanto. Peço que vocês rezem por esta viagem".
O Santo Padre chegou à Praça de São Pedro às 9h45, numa ensolarada e calorosa manhã de primavera em Roma, e foi recebido pela alegria e pelo entusiasmo dos fiéis vindos de todas as partes do mundo. Bandeiras argentinas e brasileiras, entre as de vários outros países, ondulavam pela praça na hora da chegada do papa. Durante o percurso do papamóvel pelos corredores da Praça de São Pedro, o pontífice saudou os fiéis e abençoou as crianças que os guardas lhe aproximavam. Francisco chegou a descer do veículo para passar alguns instantes junto de um grupo de enfermos e conversar com eles. No finalizar do percurso, o papa saudou um grupo de alunos que estava nas primeiras filas.
A catequese desta manhã se concentrou no “dom da ciência”, dentro da série de catequeses que o Santo Padre está nos oferecendo sobre os dons do Espírito Santo.
No resumo, Francisco sintetizou: "Hoje vimos outro dom do Espírito Santo, o dom da ciência. Esta ciência não se limita ao conhecimento humano da natureza, mas, através da criação, nos leva a perceber a grandeza de Deus e o seu amor pelas criaturas. Este dom do Espírito Santo nos leva a descobrir o quanto a beleza e a imensidão do cosmos nos falam do Criador e nos convidam a louvá-lo. No começo da bíblia, destaca-se que Deus mesmo se alegrou com a sua obra: tudo era bom; e o homem era ‘muito bom’. O dom da ciência nos sintoniza com esse olhar de Deus para as coisas e para as pessoas. Um olhar bondoso e respeitoso, que nos adverte do risco de nos acharmos os donos absolutos da criação, dispondo dela ao nosso bel-prazer, sem limites. A criação não é propriedade nossa, e menos ainda só de alguns; ela é um presente que Deus nos deu para cuidarmos dela e a usarmos com respeito, em benefício de todos. Se não cuidarmos da criação, nós a destruiremos. E, se destruirmos a criação, a criação nos destruirá com ela. Lembrem-se daquela frase: Deus perdoa sempre; nós, os homens, perdoamos algumas vezes; a natureza não perdoa nunca se nós a maltratamos".
A seguir, o papa saudou “com afeto os peregrinos dos países latino-americanos. Que saibamos ver tudo o que nos rodeia como obra de Deus e os nossos semelhantes como irmãos e irmãs”.
Ao encerrar as saudações em diversas línguas, o papa voltou um pensamento especial, como tem feito todas as semanas, aos jovens, enfermos e recém-casados. Recordando que ontem celebramos a memória litúrgica de São Bernardino de Sena, o papa desejou aos jovens que o amor daquele santo pela Eucaristia lhes indique "a centralidade de Deus na sua vida"; aos enfermos, que os ajude a "enfrentar com fé o sofrimento"; finalmente, que estimule os recém-casados a "alicerçar a sua casa conjugal no carisma da unidade".

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Homilia do papa Francisco na Casa Santa Marta: as coisas de Deus não podem ser entendidas só com a cabeça


Na homilia desta terça-feira, o Santo Padre nos exorta a pedir a docilidade do Espírito Santo e ficar abertos a Ele Por Redação

CIDADE DO VATICANO, 13 de Maio de 2014 (Zenit.org) - As coisas de Deus não podem ser entendidas só com a cabeça: é necessário abrir o coração ao Espírito Santo, disse hoje o papa Francisco, na missa da Casa Santa Marta. O papa recordou que a fé é um dom de Deus, mas não pode ser recebida quando se vive "desvinculado" do seu povo, a Igreja.
O Santo Padre destacou que as leituras do dia nos mostram "dois grupos de pessoas". Na primeira leitura, "aqueles que foram dispersos por causa da perseguição surgida" após a morte de Estêvão. "Eles se dispersaram e levaram a semente do Evangelho a toda parte", disse o pontífice, observando que, no início, eles falavam somente aos judeus. Depois, "de forma natural, alguns deles", chegados de Antioquia, "começaram a falar também aos gregos". E assim, lentamente, "abriram as portas para os gregos, para os pagãos", recordou o Santo Padre.
E quando chegou a notícia a Jerusalém, Barnabé foi enviado a Antioquia "para fazer uma visita de inspeção". O papa prosseguiu explicando que todos "ficaram contentes" porque "uma multidão considerável se uniu ao Senhor". E essa gente "não disse ‘vamos primeiro aos judeus, depois aos gregos, aos pagãos’. Eles se deixaram levar pelo Espírito Santo! Foram dóceis ao Espírito Santo!".
"Uma coisa vem da outra" e eles "acabam abrindo as portas a todos: mesmo aos pagãos, que, na mentalidade deles, eram impuros"; eles "abriam as portas para todos". Este "é o primeiro grupo de pessoas, as que são dóceis ao Espírito Santo". "Algumas vezes, o Espírito Santo nos empurra a fazer coisas fortes: como empurrou Felipe a ir batizar Cornélio".
Francisco explicou: "Às vezes, o Espírito Santo nos leva suavemente. E a virtude é deixar-se levar pelo Espírito Santo, não resistir ao Espírito Santo, ser dócil ao Espírito Santo. E o Espírito Santo age hoje na Igreja, age hoje em nossa vida. Alguém poderia dizer: 'Eu nunca vi!'. Mas fique atento ao que acontece, ao que vem à sua mente, a que vem ao seu coração. Coisas boas? É o Espírito Santo que convida você a seguir esse caminho. É necessária a docilidade! Docilidade ao Espírito Santo".
O Santo Padre falou então do segundo grupo apresentado nas leituras, os "intelectuais, que se aproximam de Jesus no templo: são os doutores da lei". Jesus sempre teve problemas com eles, "porque eles não entendiam: davam voltas em torno das mesmas coisas, porque acreditavam que a religião era só uma coisa de cabeça, de leis". Para eles era necessário "cumprir os mandamentos e nada mais. Não imaginavam que existisse o Espírito Santo". Interrogavam Jesus, "queriam discutir. Tudo estava na cabeça, tudo era intelecto". Francisco recordou que, para essa gente "não há coração, não há amor e a beleza, não há harmonia"; é gente "que só quer explicações".
O papa comentou: "Você dá as explicações e eles, não convencidos, voltam com outra pergunta. E assim dão voltas, voltas... Como deram voltas em torno de Jesus a vida toda, até o momento em que conseguiram pegá-lo e matá-lo! Eles não abrem o coração ao Espírito Santo! Acham que as coisas de Deus também podem ser entendidas só com a cabeça, com as ideias, com as próprias ideias. São orgulhosos. Acham que sabem tudo. E o que não entra na inteligência deles não é verdade. Você pode ressuscitar um morto diante deles, mas eles não acreditam!".
A seguir, o pontífice destaca que Jesus "vai além" e diz "algo fortíssimo": "Vós não credes porque não fazeis parte das minhas ovelhas! Vós não credes porque não sois o povo de Israel. Saístes do povo. Estais na aristocracia do intelecto". E esta atitude "fecha o coração. Eles renegaram o seu povo".
"Aquela gente tinha se desvinculado do povo de Deus e por isso não podia acreditar. A fé é um dom de Deus! Mas a fé vem quando você está no povo de Deus. Se você está na Igreja, se você é ajudado pelos sacramentos, pelos irmãos, pela assembleia. Se você crê que esta Igreja é Povo de Deus. Aquela gente tinha se separado, não acreditava no Povo de Deus, só acreditava nas suas coisas e tinha construído todo um sistema de mandamentos que eles impunham aos outros e não deixavam os outros serem Igreja, serem povo. Não conseguiam acreditar! Este é o pecado de resistir ao Espírito Santo".
Para terminar a homilia, Francisco repassou a ideia desses dois grupos de pessoas: os "de doçura, de gente doce, humilde, aberta ao Espírito Santo", e os de gente "orgulhosa, autossuficiente, soberba, separada do povo, aristocrática do intelecto, que fechou as portas e resiste ao Espírito Santo". E isso "é ter coração duro! E isso é perigoso".
O pontífice nos exortou: "Peçamos ao Senhor a graça da docilidade ao Espírito Santo para seguirmos em frente na vida, para ser criativos, para ser alegres, porque aquela outra gente não era alegre". E quando "há muita seriedade, não há o Espírito de Deus". Portanto, peçamos "a graça da docilidade e que o Espírito Santo nos ajude a nos defender daquele outro espírito mau das suficiências, do orgulho, da soberba, do coração fechado ao Espírito Santo".
Fonte: Zenit o mundo visto de Roma

terça-feira, 13 de maio de 2014

Equipes de Nossa Senhora 64 anos no Brasil

 As Equipes chegaram ao Brasil em 1950, trazidas pelo casal  Nancy e Pedro Moncau, que, junto com outros casais, e assistidos pelo sacerdote Padre Oscar Melanson, firmaram e expandiram o Movimento neste imenso país.

O carisma do Movimento é a espiritualidade conjugal, isto é, ajuda os casais
a se desenvolverem espiritualmente através do seu Matrimônio.
“As Equipes de Nossa Senhora têm como objetivo essencial ajudar os casais a
seguir em direção à santidade. Nem mais, nem menos” (Pe. Henri Caffarel).

É um Movimento de formação, em que os casais se abastecem para a prática
do auxílio mútuo e fraterno, do testemunho e serviço ao próximo.
O Brasil foi o primeiro país de língua não francesa a receber as Equipes de Nossa Senhora.

No seu Livro “ Equipes de Nossa Senhora, ensaio sobre seu histórico”, Dona Nancy lembra um pouco os dias que antecederam esta graça:
“Lembro-me, ainda perfeitamente,  do dia em que vi Pedro aproximar-se com um maço de papéis na mão. Estava eufórico. Era a primeira documentação das equipes que chegara. E me disse: ‘ Eis o que há tanto tempo procurava!(grifamos).

Mais tarde seu esposo Pedro comentava sobre a primeira reunião de equipe:

“Essa primeira reunião autoriza-me a ser otimista. Esperamos que nas reuniões que se seguirem o ideal e a mística das Equipes sejam gradualmente compreendidos e assimilados e que possamos um dia  constituir uma verdadeira Equipe de Nossa Senhora”.
       
Somos hoje (13/05/2014): 52 Regiões; 309 Setores; 3.550 Equipes; 21.172 casais; 54 viúvos; 338 viúvas; 406 AET; 1.792 SCE, totalizando: 44.934 membros.

Parabéns às Equipes pelos seus 64 anos no Brasil.

Equipe de Super-Região.

Necessitamos nos santificar por Maria

Alma, imagem viva de Deus e resgatada pelo Sangue precioso de Jesus Cristo, a vontade de Deus a teu respeito é que te tornes santa como Ele nesta vida, e gloriosa como Ele na outra.
A aquisição da santidade de Deus é tua vocação assegurada; e é para lá que todos os teus pensamentos, palavras e ações, teus sofrimentos e todos os movimentos de tua vida devem tender; ou [do contrário] tu resistes a Deus, não fazendo aquilo para o que Ele te criou e te conserva agora.
Ó! Que obra admirável! A poeira transformada em luz, a imundície em pureza, o pecado em santidade, a criatura em Criador e o homem em Deus! Ó obra admirável! Eu o repito, mas obra difícil em si mesma e impossível à natureza por si só; unicamente Deus, por uma graça, uma graça abundante e extraordinária, é Quem pode levá-la a cabo; e a criação de todo o universo não é maior obra-prima do que esta.
Alma, como farás? Que meios tu escolherás para subir onde Deus te chama? Os meios de salvação e de santidade são conhecidos de todos, estão assinalados no Evangelho, explicados pelos mestres da vida espiritual, são praticados pelos santos e necessários a todos os que querem salvar-se e chegar à perfeição; tais são: a humildade de coração, a oração contínua, a mortificação universal, o abandono à divina Providência, a conformidade com a vontade de Deus.
Para praticar todos esses meios de salvação e de santidade, a graça e o socorro de Deus são absolutamente necessários, e esta graça é dada a todos, maior ou menor; não resta dúvida. Eu digo: maior ou menor; pois Deus, ainda que sendo infinitamente bom, não dá Sua graça igualmente forte para todos, embora Ele a dê suficiente para todos. A alma fiel a uma grande graça faz uma grande ação, e com uma fraca graça faz uma pequena ação. O valor e a excelência da graça dada por Deus e correspondida pela alma fazem o valor e a excelência de nossas ações. Esses princípios são incontestáveis.
Tudo se reduz, portanto, a encontrar um meio fácil para obter de Deus a graça necessária para tornar-se santo; e é isto que eu quero ensinar. E, eu digo que para encontrar a graça de Deus, é necessário encontrar Maria.



Porque Maria nos é necessária
1º - Foi só Maria quem encontrou graça diante de Deus, para Si, e para cada homem em particular. Os patriarcas e os profetas, todos os santos da Antiga Lei não puderam encontrar esta graça.
2º - Foi Ela que deu o ser e a vida ao Autor de toda graça, e, por causa disso, Ela é chamada a Mãe da graça, Mater Gratiae.
3º - Deus Pai, de Quem todo dom perfeito e toda graça desce como de sua fonte essencial, dando-Lhe Seu Filho, deu-Lhe todas as Suas graças; de sorte que, como diz São Bernardo, a vontade de Deus Lhe foi dada nEle e com Ele.
4º - Deus A escolheu para ser a tesoureira, a ecônoma e a dispensadora de todas as Suas graças; de modo que todas Suas graças e todos Seus dons passam por Suas mãos; e, conforme o poder que Ela recebeu dEle, segundo São Bernardino, Ela dá a quem Ela quer, como Ela quer, quando Ela quer e tanto quanto Ela quer, as graças do Pai Eterno, as virtudes de Jesus Cristo e os dons do Espírito Santo.
5º - Assim como, na ordem natural, é preciso que uma criança tenha um pai e uma mãe, do mesmo modo, na ordem da graça, é necessário que um verdadeiro filho da Igreja tenha Deus por pai e Maria por mãe; e, se ele se gloria de ter Deus por pai, não tendo o carinho de um verdadeiro filho por Maria, é um farsante que não tem senão o demônio por pai.
6º - Uma vez que Maria formou o Chefe dos predestinados, que é Jesus Cristo, cabe a Ela também formar os membros deste Chefe, que são os verdadeiros cristãos: pois uma mãe não forma o chefe sem os membros, nem os membros sem o chefe. Quem deseje, portanto, ser membro de Jesus Cristo, pleno de graça e de verdade, deve ser formado em Maria por meio da graça de Jesus Cristo, que reside nEla em plenitude, para ser comunicada em plenitude aos verdadeiros membros de Jesus Cristo e a Seus verdadeiros filhos.
7º - O Espírito Santo tendo desposado Maria, e tendo produzido nEla, e por Ela, e dEla, Jesus Cristo, esta obra-prima, o Verbo Encarnado, como Ele nunca A repudiou, Ele continua a produzir todos os dias nEla e por Ela, de uma maneira misteriosa, mas verdadeira, os predestinados.
8º - Maria recebeu de Deus uma dominação particular sobre as almas para as nutrir e fazer crescer em Deus. Santo Agostinho diz mesmo que, neste mundo, os predestinados estão todos contidos no seio de Maria, e que eles não vêm à luz senão quando esta boa Mãe os faz nascer para a vida eterna. Em conseqüência, como a criança tira todo seu alimento de sua mãe, que o dá proporcionado à sua fraqueza, da mesma forma os predestinados tiram toda sua nutrição espiritual e toda sua força de Maria.

9º - Foi a Maria que Deus Pai disse: In Jacob inhabita: Minha Filha, habita em Jacó, quer dizer, nos Meus predestinados figurados por Jacó. Foi a Maria que Deus Filho disse: In Israel haereditare: Minha querida Mãe, tende Vossa herança em Israel, ou seja, nos predestinados. Enfim, foi a Maria que o Espírito Santo disse: In electis meis mitte radices: Lançai, minha fiel Esposa, raízes nos Meus eleitos. Qualquer um que seja, portanto, eleito e predestinado tem a Santíssima Virgem habitando em sua casa, quer dizer, em sua alma, e ele A deixa introduzir nela as raízes de uma profunda humildade, de uma ardente caridade e de todas as virtudes.
10º - Maria é chamada por Santo Agostinho, e é, com efeito, o molde vivo de Deus, forma Dei, quer dizer, somente nEla Deus feito homem foi formado ao natural, sem que Lhe falte nenhum traço da Divindade, e é também nEla somente que o homem pode ser formado em Deus ao natural, tanto quanto a natureza humana é capaz, pela graça de Jesus Cristo.
Um escultor pode fazer uma figura ou um retrato ao natural de duas maneiras: 1º - servindo-se de sua indústria, de sua força, de sua ciência e da qualidade de seus instrumentos para fazer essa figura em uma matéria dura e informe; 2º - ele pode colocá-la num molde. A primeira maneira é demorada, difícil, e sujeita a vários acidentes: não é preciso, freqüentemente, mais que um golpe mal dado de cinzel ou de martelo para estragar toda uma obra. A segunda é pronta, fácil e doce, quase sem sofrimento e sem custo, desde que o molde seja perfeito e que ele represente ao natural; desde que a matéria de que ele se sirva seja bem maleável, não resistindo nunca à sua mão.
Maria é o grande molde de Deus, feito pelo Espírito Santo, para formar ao natural um Homem-Deus pela união hipostática, e para formar um homem-Deus pela graça. Não falta a este molde nenhum traço da divindade; qualquer um que seja jogado nele e se deixa manejar, nele recebe todos os traços de Jesus Cristo, verdadeiro Deus, de uma maneira doce e proporcionada à fraqueza humana, sem muita luta e trabalho; de uma maneira segura, sem medo de ilusão, pois o demônio nunca teve e não terá jamais entrada junto a Maria, santa e imaculada, sem sombra da menor mancha de pecado.
Ó! Cara alma, que diferença há entre uma alma formada em Jesus Cristo pelas vias ordinárias daqueles que, como os escultores, se fiam em sua experiência e se apóiam em sua capacidade, e uma alma bem maleável, bem desfeita, bem derretida, e que, sem nenhum apoio em si mesma, se lança em Maria e nEla se deixa manusear pela operação do Espírito Santo! Quanto há de máculas, quanto há de defeitos, quanto há de trevas, quanto há de ilusões, quanto há de natural, quanto há de humano na primeira alma; e como a segunda é pura, divina e parecida com Jesus Cristo!
Absolutamente não há, nem nunca haverá jamais, criatura onde Deus seja maior, fora dEle mesmo e em Si mesmo, que na divina Maria, sem exceção nem dos bem-aventurados, nem dos Querubins, nem dos mais altos Serafins, no Paraíso mesmo. Maria é o paraíso de Deus e Seu mundo inefável, onde o Filho de Deus entrou para lá operar maravilhas, para o guardar e comprazer-Se lá. Ele fez um mundo para o homem viandante, que é este [em que estamos]; Ele fez um mundo para o homem bem-aventurado, que é o Paraíso; mas Ele fez um outro para Si, ao qual deu o nome de Maria; mundo desconhecido a quase todos os mortais, e incompreensível a todos os Anjos e bem-aventurados, lá no Céu, que, na admiração de ver Deus tão elevado e tão distanciado deles todos, tão separado e tão recluso em Seu mundo, a divina Maria, bradam dia e noite: Santo, Santo, Santo.
Feliz e mil vezes feliz a alma, cá embaixo, à qual o Espírito Santo revela o segredo de Maria, para o conhecer; e à qual Ele abre e permite penetrar esse jardim fechado, essa fonte selada para nela abeberar-se das águas vivas da graça! Esta alma não encontrará senão Deus somente, sem criatura, nesta amável criatura; mas Deus, ao mesmo tempo infinitamente santo e elevado, infinitamente condescendente e proporcionado à sua fraqueza. Uma vez que Deus está em todo lugar, pode-se encontrá-Lo em todo lugar, até nos infernos; mas não há lugar onde a criatura possa encontrá-Lo mais perto de si e mais proporcionada à sua fraqueza que em Maria, pois foi para este efeito que Ele desceu a Ela. Por toda parte Ele é o Pão dos fortes e dos Anjos; mas em Maria, Ele é o Pão dos filhos.

 Que ninguém imagine, portanto, junto com alguns falsos iluminados, que Maria, sendo criatura, seja um impedimento à união como o Criador; não é mais Maria que vive, é Jesus Cristo só, é Deus só que vive nEla. Sua transformação em Deus ultrapassa mais a de São Paulo e dos outros santos, de que o Céu ultrapassa a Terra em elevação. Maria não foi feita senão para Deus, e tal seria que Ela faça parar uma alma nEla mesma. Pelo contrário, Ela a lança em Deus e a une a Ele com tanto maior perfeição, quanto maior a união da alma com Ela. Maria é o eco admirável de Deus, que não responde senão: Deus, quando alguém grita: Maria, que não glorifica senão a Deus, quando, com Santa Isabel, alguém Lhe chama bem-aventurada. Se os falsos iluminados, que foram miseravelmente enganados pelo demônio até na oração, houvessem sabido encontrar Maria, e por Maria, Jesus, e por Jesus, Deus, eles não teriam tido tão terríveis quedas. Quando se tem uma vez encontrado Maria, e por Maria, Jesus, e por Jesus, Deus Pai, tem-se encontrado todo bem, dizem as almas santas: Inventa, etc. Quem diz a "todo" não faz exceção de nada: toda graça e toda amizade junto a Deus; toda sinceridade contra os inimigos de Deus; toda verdade contra a mentira; toda facilidade e toda vitória contra as dificuldades da salvação; toda doçura e toda alegria nas amarguras da vida.
Isso não quer dizer que quem encontrou Maria, por meio de uma verdadeira devoção, seja isento de cruzes e de sofrimentos, tal seria; ele é mais assaltado do que qualquer outro, porque Maria, sendo a Mãe dos viventes, dá a todos os Seus filhos pedaços da Árvore da vida, que é a Cruz de Jesus; mas talhando-lhes umas boas cruzes, Ela lhes dá a graça de carregá-las pacientemente e mesmo alegremente; de sorte que as cruzes que Ela dá aos que Lhe pertencem são mais uns doces, ou umas cruzes confeitadas, que cruzes amargas; ou, se eles sentem por um tempo a amargura do cálice que é preciso beber necessariamente para ser amigo de Deus, a consolação e a alegria, que esta boa Mãe faz suceder à tristeza, os anima infinitamente a levar cruzes ainda mais pesadas e amargas.
Conclusão
A dificuldade está, portanto, em saber encontrar verdadeiramente a divina Maria, para encontrar toda graça abundante. Deus, sendo Senhor absoluto, pode comunicar por Ele mesmo o que Ele não comunica ordinariamente senão por Maria; não se pode negar, sem temeridade, que Ele o faça mesmo algumas vezes; entretanto, segundo a ordem que a divina Sabedoria estabeleceu, Ele não se comunica ordinariamente aos homens senão por Maria na ordem da graça, como diz São Tomás. É necessário, para subir e se unir a Ele, servir-se do mesmo meio de que Ele Se serviu para descer a nós, para se fazer homem e para nos comunicar Suas graças; e este meio é uma verdadeira devoção à Santa Virgem.
Autor: São Luís Maria G. de Montfort - O Segredo de Maria