quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

3 perguntas para nossas metas de Ano Novo

Como o tema da misericórdia pode nos inspirar a ter um ano pleno e cheio de vida
Irmã Theresa Aletheia Noble  - 5 de Janeiro de 2016

Acabo de ler o artigo que um blogueiro mal-intencionado escreveu sobre mim.
Ele cita passagens dos meus textos, acusando-me de “papolatria”, e me satiriza desrespeitosamente, comparando-me ao Barney, o personagem da série infantil.
Eu não me importo de ser acusada de excesso de amor pelo Papa (há coisas piores pelas quais alguém pode ser acusado), mas eu me aborreci.

Uma das passagens evangélicas desses dias nos diz:
“Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça. Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1, 16-17)

Isso me recordou uma linha da carta do Papa Francisco para o Ano da Misericórdia:
“Se Deus Se detivesse na justiça, deixaria de ser Deus; seria como todos os homens que clamam pelo respeito da lei”

Tenho percebido que minha misericórdia muitas vezes se limita àqueles que são misericordiosos comigo.
Muitas vezes tento escapar das freiras idosas do convento onde vivo. É muito mais fácil para mim ser gentil com as irmãs que sorriem e são simpáticas, do que com as mais rígidas e necessitadas.
Também tenho percebido que perdoo amigos, familiares e freiras com quem eu quero preservar as relações. Mas com outros, eu costumo guardar ressentimentos. Perco facilmente a paciência, deixo de estender a mão, para de tentar… E nem sempre faço isso conscientemente.
Estender a misericórdia a uma pessoa que nos tem desapontado em pequenas coisas pode ser mais difícil do que perdoar alguém que verdadeiramente nos magoou. Talvez as pequenas coisas possam ser empurradas para debaixo do tapete, enquanto as maiores são difíceis de ignorar. Por isso não curamos as pequenas feridas, apenas seguimos adiante.
Esta é a misericórdia humana. Uma misericórdia que é generosa apenas quando é do interesse pessoal. Uma misericórdia mesquinha que nos faz olhar só para nós mesmos.
Mas Jesus nos chama a uma misericórdia muito maior. É a misericórdia que brota da plenitude da graça que recebemos através do nascimento, vida e morte de Jesus Cristo. É uma misericórdia enraizada no Salvador, que estende o seu perdão tanto às grandes quanto às pequenas feridas.
A misericórdia de Deus é indulgente. Transborda. Ultrapassa a lei. Sua misericórdia surpreende com a abundância de generosidade. Não é oferecida apenas para grandes pecados, mas também para os pequenos, aqueles que tantas vezes menosprezamos.
Todo início de ano eu tento pensar em alguns resoluções que possam me ajudar no âmbito humano e no espiritual. Muitas vezes são resoluções simples, como praticar atividade física ou ler mais.
Este ano, em honra ao Jubileu da Misericórdia, minhas resoluções estarão alinhadas com as seguintes questões:
– Como eu posso estar mais aberta à misericórdia de Deus?
– Como eu posso ser um rosto da misericóridia para os outros?
– Quais são os obstáculos para receber e oferecer a misericórdia em minha vida, e como eu posso trabalhar com Deus para superar tais obstáculos?

Texto retirado: http://pt.aleteia.org/2016/01/05/3-perguntas-para-nossas-metas-de-ano-novo/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=topnews_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt-Jan%2005,%202016%2005:36%20pm

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