quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A Festa de Aniversário de Nossa Senhora


No mês de setembro, celebramos o nasci­mento de Nossa Se­nhora. Comemoramos o dia em que historica­mente Maria de Nazaré veio ao mun­do. Na verdade, 8 de setembro é uma data teológica, celebrada justamente nove meses após a solenidade da Ima­culada Conceição, 8 de dezembro.
Curiosamente, o relato do nas­cimento de Nossa Senhora não en­contra nenhuma menção nos Evan­gelhos. Isso não significa que ele não seja importante. Sem dúvida pode­mos situá-lo entre os acontecimen­tos mais relevantes da história da humanidade. Por que então ele não é descrito pelo evangelistas?
O nascimento de Nossa Senhora não figura nas páginas da Sagrada Escritura porque ele segue a lógica do Evangelho: “Não é o servo maior do que o seu senhor” (Jo 15,20). O sentido da vida e da existência de Nossa Senhora é inseparável do grande e único acontecimento por excelência, aquele que divide a his­tória da humanidade entre antes e depois, o do Verbo que se fez carne. Toda a história de Nossa Senhora, assim explicam os dogmas marianos, desde a sua preparação, concebida sem pecado, passando pela sua vir­gindade perpétua, bem como sua assunção aos céus no final da vida, está em função de ela ser a Theo­tokos, a Mãe de Deus! Sendo assim, sua vida está em função daquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida: seu Filho Jesus.
Por outro lado, isso não significa que não devemos fazer festa para Nossa Senhora. Devemos devota e piedosamente festejar essa ocasião, mas não podemos esquecer, de ma­neira nenhuma, sob pena de estar­mos esquecendo o fundamental e essencial, de que nossa verdadeira festa é porque num momento ímpar de sua existência ela disse sim a Deus e com esse sim colabora de maneira particular no Plano da Salvação.
Diante disso, nós podemos dizer também que comemorar Nossa Se­nhora Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Lourdes e tantos outros títulos da mesma e única querida Maria de Nazaré, só faz sentido se a festa chamar a atenção para o seu Filho Jesus. As­sim como Maria passa despercebida nos Evangelhos para que seu Filho apareça, só faz sentido honrá-la e venerá-la se isso levar seu Filho a ser adorado e glorificado.
Que nossas vidas cristãs encon­trem em Maria, a primeira discípula, o exemplo de que precisamos: hu­mildade necessária para compreen­dermos que nossa vida é coadju­vante diante do protagonista Jesus de Nazaré. Nossa existência deve ser, assim como foi a de Maria, o caminho que con­duz os homens e mulheres de hoje cada vez mais pró­ximos de Jesus.

Parabéns, Nossa Senhora!!!

Pe. Paulo Renato F. G. Campos
SCE - Super Região Brasil
Carta Mensal – 501

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